Li recentemente “Pensadores da Liberdade”, de Rodrigo Constantino, onde o autor explora e nos brinda com uma coletânea de ideias defendidas por vinte nomes mundiais, dentre eles Adam Smith e George Orwell, aquele do livro 1984. Interessante conhecer a vida e a luta empreendida seguidamente, em defesa da liberdade, esta que é nosso maior tesouro, e pela qual devemos lutar incansavelmente.

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Relevante destacar que “os rumos de uma sociedade dependem, em boa parte, das ideias de algumas pessoas que conseguem influenciar o pensamento dos demais”. Vem daí a eterna e perfeita lição deixada a nós por Jesus Cristo: “Vigiai e ficai atentos”. Edmund Burke cravou: “Mude as ideias e você poderá mudar o curso da história” e ao estudar a história vemos como isso acontece. Mais adiante, o autor lembra que: “ideias, afinal, têm consequências para o bem e para o mal”.

Essa vigilância pela liberdade deve estar na pauta de todo cidadão de bem, que não quer tornar-se escravo do Estado. Estado, aliás, que vem depois da nação, Estado que deve servir a nação, não o contrário, como temos exemplos fartos por aí, inclusive, de representantes e lideranças nacionais. Nesse contexto, o debate com respeito, no campo das ideias, torna-se fundamental e indispensável, e a melhor forma de defesa é o conhecimento, na linha do que Confúcio escreveu sendo “melhor acender uma pequena vela, do que praguejar contra a escuridão”.

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Para John Locke, “o foco principal do governo deve ser a proteção de três direitos individuais inalienáveis: vida, liberdade e propriedade”. Constantino aponta como exemplo haver “uma pressão para que a igreja católica aceite o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo”. Ora, não somos obrigados a respeitar o que consideramos estúpido ou falso, porém, “se a religião não deve invadir o campo do magistrado civil, muitos esquecem que o contrário também é verdadeiro”.

A declaração da independência dos Estados Unidos (1776) aponta que “verdades evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade”.

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Todo governante, cujo poder que lhe é conferido emana do povo, deveria saber, como aponta Thomas Paine, que “a sociedade é fruto de nossas necessidades e o governo é produzido pela nossa maldade. O governo, mesmo no seu melhor estado, não é mais que um mal necessário; e, em seu pior estado, é um mal tolerável”. E vendo decisões do STF sobre propriedade, “cabe aos homens direitos aos bens que lhe pertencem, que ninguém tem o direito de lhes tirar, em todo ou em parte, sem o seu consentimento”, como defendeu Locke.

Em “O príncipe”, Maquiavel aponta que “um povo que aceita passivamente a corrupção e os corruptos não merece a liberdade… Um país cujas leis são lenientes não tem vocação para a liberdade. Seu povo é escravo por natureza”.

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