Nos quatro anos do governo Bolsonaro vimos uma diuturna perseguição ao governo federal, com a mídia batendo incansavelmente e corroborando para a derrota nas urnas. Toda e qualquer medida, programa ou decisão anunciada, era combatida com veemência pelos veículos que formavam o chamado consórcio da mídia e isso repetido e ecoado, alcançava largos horizontes no país, denegrindo a imagem do governo federal. Foi um festival de “mas”, sempre com uma complementação negativa, após a informação de algum fato ou feito positivo do governo.
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Agora aqueles mesmos profissionais continuam usando e abusando do “mas”, porém, em defesa das medidas ruins e negativas anunciadas pelo atual governo. Monica Bergamo escreveu “Governo Lula voltará a taxar combustíveis, “mas” gasolina pagará mais que etanol”. E ainda: “Governo voltará a cobrar impostos sobre combustíveis, “mas” com alíquotas diferenciadas.
Vinicius Torres Freire saiu com: “Lula deve voltar a cobrar imposto sobre a gasolina para o bem do país e do governo”. Esqueceu-se de considerar o povo, pagador de impostos. Dureza maior foi ver a posição diametralmente oposta da comentarista Miriam Leitão que, no governo anterior escreveu: “Não subir preço dos combustíveis beneficia rico que tem carrão e aumenta a injustiça”, e agora saiu com “Cobrar imposto da gasolina é o melhor do ponto de vista social, fiscal e ambiental”. Social é?
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Esquece-se a nobre comentarista que o aumento dos combustíveis impacta diretamente no custo de transporte dos produtos que todos adquirimos nos supermercados. Portanto, uma compra de mesmo valor em reais, carrega o igual montante em impostos, seja ela feita por quem tem mais ou pelos mais pobres. Gostaria de saber onde ver justiça social nisto. Fora o fato de que o Brasil já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, sem o devido retorno para os cidadãos.
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É inaceitável que formadores de opinião tenham a ousadia de defender aumento de impostos e iludir o público. Uma recomendação que deixaria para todos é lerem sobre a curva de Laffer, que evidencia que a redução da carga tributária resulta no aumento da arrecadação e que, quanto maiores forem os impostos cobrados, maior é a sonegação, com a consequente queda na arrecadação. Em resumo a referida curva é uma representação teórica que considera o valor obtido entre zero e 100% de taxação. Com zero não há receita. Porém, conforme a teoria, a tributação de 100% teria o mesmo efeito, pois desestimula a produção e o trabalho.
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O conceito desenvolvido pelo economista Arthur Laffer, defende a diminuição dos impostos cobrados em uma sociedade como uma forma de estimular a economia. Destarte, uma taxa menor de impostos resultaria, portanto, em aumento na arrecadação do Estado. A gestão e os números da economia alcançados no governo anterior evidenciaram isso. Postura com a dos profissionais citados anteriormente só corroboram para a pouca credibilidade auferida.
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