No dia 28 de abril celebramos o Dia Nacional da Educação. A data remete à assinatura, pelo Brasil, de um compromisso internacional assumido durante o Fórum Mundial de Educação, realizado em Dacar (Senegal), em 2020, para garantir o desenvolvimento da educação no mundo. Todos os países que são exemplos em termos de qualidade de vida, respeito, segurança, cidadania, entre outros tantos ganhos, o fizeram por meio de investimentos maciços e continuados, por anos a fio, na educação.
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Educação não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona sem fim, cujos efeitos são colhidos em médio e longo prazo. Daí a importância de programas estruturantes, não para o governo que está, mas para o país. Para Jean Piaget, “o principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram”. A educação do século 21 precisa entender isso de uma vez por todas.
Todos afirmamos com veemência, não sem razão, que a educação é a plataforma por meio da qual transforma-se a vida de todos nós. O plantio é livre, a colheita dependerá daquilo que plantamos. O que cada um cultiva ao longo da vida vem do que, pela educação, ou a falta dela, é plantado em sua trajetória. O acesso à educação de qualidade é direito de todos e o pilar central, a viga mestra, para o pleno desenvolvimento do país e a redução das desigualdades em qualquer sociedade.
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Para Paulo Freire, “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco a sociedade muda”. A frase do ex-reitor da universidade de Harvard, Derek Bok, continua mais verdadeira a cada dia: “Se você pensa que a educação é cara, experimente a ignorância”. Como bem disse Antonieta de Barros: “educar é ensinar os outros a viver. É apontar as escaladas possibilitando avançar, sem muletas e tropeços”.
Rubem Alves induz os professores à atenção ao brilho dos olhos dos alunos: “O educador aponta e sorri, e contempla os olhos do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz”. Para o Padre Antônio Vieira, “a boa educação é moeda de ouro; em toda a parte tem valor”. Içami Tiba nos lembra que a “educação não pode ser delegada somente à escola. Aluno é transitório, filho é para sempre”.
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Educação começa em casa e tem sequência na escola. É no seio da família que se iniciam as lições de respeito, valores, princípios morais e pessoais, de convivência e de limites. Pitágoras alerta-nos com o “educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos”. Ao não primar por investimentos em escolas de qualidade e boa preparação de professores, os governantes acabam tendo que investir na construção de presídios.
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Quanto mais, por meio da educação, formarmos cidadãos que, na linha de Yuval Harari, em “21 lições para o século 21”, desenvolverem bem os quatro Cs – pensamento Crítico, Comunicação, Colaboração e Criatividade, tanto melhores os estaremos preparando, e com maior potencial de retorno que trarão para a própria sociedade. Em termos de Brasil tivemos avanços na educação, mas bem sabemos que estamos longe do que seria uma educação de qualidade. É fundamental que continuemos trabalhando visando o alcance de melhores resultados no processo educacional.
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