Lula parece ainda estar em campanha eleitoral, ou então, seguindo a escalada rumo ao sonho de ser aclamado o rei da América Latina. E continua falando bobagens por aí. Depois de um início de governo que se preocupou em descontruir e denegrir a imagem dos anteriores, e não dizer a que veio, um bate cabeças constante em declarações e contra declarações dos membros do governo.

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Entre as medidas postas em prática estão a extinção da Secretaria de Educação para surdos, transferência do COAF do BC para a Fazenda, extinção do comando de operações especializadas da PRF, fim do programa que incentiva o voluntariado, desativação da secretaria de alfabetização, extinção da fundação nacional de saúde, e aventada a possibilidade de as empresas arroladas na operação lava jato trocarem suas dívidas por obras públicas. Tivemos ainda a triste retomada da linguagem neutra, inclusive em eventos oficiais, numa agressão à língua nacional. A própria Empresa Brasil Comunicação usou linguagem neutra em uma publicação.

Na primeira viagem ao exterior, mesmo sem, até aqui, mostrar aos brasileiros quais os planos, programas e ações para esse novo período de governo, o presidente, seguiu falando o que não devia, que já não é novidade. Afirmou que a Argentina terminou o ano de 2022 em uma “situação privilegiada” na área econômica. Será que não disseram a ele que, em 2022, a inflação oficial do país vizinho chegou a 94,8%, quase o dobro da inflação de 2021?

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Além de criticar os dois antecessores, acusou o ex-presidente Temer, o congresso e o STF de terem praticado golpe contra a então presidente Dilma. Precisa ser lembrado a ele que, daquele impeachment participaram o atual vice-presidente, duas atuais ministras (Meio Ambiente e Planejamento), o senador Renan e o ministro Lewandowski. Seria o caso de pedir cadeia para os golpistas?

Uma fala ruim como esta, além de não ajudar, denigre a imagem do Brasil, que deveria ser enaltecida pelo representante maior. De quebra, a acusação de que houve golpe, é comprar briga com uma bancada que tem 10 senadores e 42 deputados federais.

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A coisa só vai piorando com o anúncio de possíveis financiamentos de obras nos países vizinhos, com recursos do BNDES. Esse banco é nacional, não é banco internacional de desenvolvimento, e este filme já é velho conhecido dos brasileiros. Foram bilhões de dólares enviados para as obras no exterior, onde Venezuela e Cuba deram calotes. O grande porém destes calotes é que o fundo garantidor para os empréstimos é o tesouro nacional, ou seja, nós, os contribuintes.

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O possível empréstimo do BNDES para a Argentina está sendo criticado por todos os analistas financeiros do país. É o dinheiro dos brasileiros sendo aplicado em obras de infraestrutura lá fora, como se o Brasil não estivesse precisando delas por aqui. Brasil em primeiro lugar, Sr. Presidente!

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