A democracia brasileira está em frangalhos, se arrastando pelos cantos e respirando por aparelhos. Uma democracia saudável pressupõe a harmonia e o respeito mútuo e recíproco entre os poderes, cada um cumprindo seus deveres e responsabilidades que constam na carta magna do país, a constituição federal. Não é bem o que temos visto por aí, senão vejamos.

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No Congresso Nacional, os legítimos representantes eleitos pelo povo, com algumas poucas exceções, a tudo assistem com cara de paisagem, num “dolce far niente” irresponsável diante de todo o imbróglio que está acontecendo no país, que conta com a inerte participação de boa parte de deputados e senadores. Pairam na gaveta do presidente do Senado, nada menos que 62 pedidos de impeachment contra integrantes da suprema corte, que o mesmo não faz andar um sequer. Já está na história como o mais covarde dos presidentes daquela casa, desde que me entendo por eleitor.

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O Executivo que vem sendo atacado diuturnamente desde que assumiu a responsabilidade de comandar a nação brasileira, rumo aos avanços necessários, numa trava de contrários que somam parte do judiciário, a começar pelo STF, com o apoio de parte da imprensa. Apesar de toda essa força contrária e enfrentando uma crise mundial provocada pela pandemia da Covid e da guerra na Ucrânia, conseguimos avanços importantes que, temo, corremos o risco de retroceder com o novo governo, a considerar as informações que nos chegam.

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O terceiro poder, esse sim, pairando absoluto e em total dissonância com os outros dois poderes, numa tirania que usa toga para criar leis e agir em contínuos flagrantes desrespeitos para com a Constituição. Do alto de falas e manifestações polidas, com belas e selecionadas palavras e textos, buscam esconder atos e decisões que afrontam aos brasileiros de bem e que têm o mínimo de esclarecimentos.

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No pior comando de um processo eleitoral de nossa história, o atual presidente do TSE, com respaldo dos colegas togados, põe em prática todo desmonte do contraditório no que diz respeito à lisura das eleições, com indícios de vulnerabilidade. Quisera olhar nos olhos e ver a expressão daqueles que bradaram acerca da lisura e segurança do processo eleitoral, cuja prática tem comprovado uma lambança que não será apagada da história do país.

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Quem deveria zelar e ser referência para todos, atua de maneira a contrariar os interesses da nação, rasgando sequencialmente a Constituição Federal, criando as próprias leis e regras, que resultam em insegurança jurídica ao país. Estamos vivendo no Brasil a exceção ao estado de direito e quem a pratica afirma e acredita piamente que tal exceção protege a democracia.

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