Fatos, dados e informações devem ser a base que nos levam a uma análise crítica, isenta, comparando ideias e gestões, na linha do que nos apontou Deming: “Em Deus, nós confiamos. Todos os outros tragam dados”. No governo anterior tivemos a pandemia, que abalou o mundo, tivemos a guerra na Ucrânia, uma longa estiagem no país e, mesmo assim, fechamos 2022 com crescimento de 2,9 % no PIB. Qualquer plano financeiro de governo, o atual “arcabouço”, precisa ter como foco o crescimento da economia. Sem este crescimento, não há plano que se sustente. Sem aumento da receita o governo terá que cortar despesas e isso tem limite, posto que há despesas obrigatórias que devem ser garantidas.

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O governo não pode cortar salários, nem os benefícios sociais, para que os atendidos não fiquem em situação ainda pior. Então, é preciso fazer com que a economia cresça e, para que isso ocorra, é necessário que sejam criadas as condições e o necessário ambiente favorável aos negócios. Para agravar a situação, cortar gastos parece não fazer parte do atual programa de gestão nacional. No governo anterior tivemos a prevalência no teto de gastos, uma regra importante e clara, desde o governo de Michel Temer.

Com a desoneração dos combustíveis, tivemos redução de impostos. O governo abriu mão de receitas e, mesmo assim, a arrecadação aumentou. A desoneração de impostos resultou no aumento da arrecadação federal, confirmando na prática a curva de Laffer. Isso significou a redução do custo Brasil, com a diminuição do custo de operação da economia, além da redução dos impostos de outros produtos, que fizeram com que a economia crescesse.

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O crescimento da economia é a forma mais saudável do governo aumentar a arrecadação. Mais empreendedores, em maior número de atividades econômicas, culmina em maior volume de impostos arrecadados, configurando-se num ciclo virtuoso da economia. No governo anterior tivemos uma clara política de atração de investimento privado, na linha do Estado mínimo, abrindo o mercado para investidores. Vivenciamos a redução do tamanho do Estado, eliminando as gorduras, no sentido de torná-lo mais eficiente.

Já o atual governo chegou pedindo autorização para gastar mais, com o fura-teto de mais de
R$ 170 bilhões. Vimos um grande aumento da máquina e, portanto, ampliação dos gastos públicos, na linha de um Estado pesado e interferindo mais e mais no cotidiano do país. Uma melhor estrutura de governo, não necessariamente precisa ser um Estado mais oneroso.

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Com eficiência e eficácia, pode-se melhorar os serviços, sem aumento de impostos. Em que pese o otimismo com o momentâneo crescimento do PIB, defender as ideias até aqui apresentadas, nossa economia tende a não crescer. Sem crescimento, não há plano que resista. Nesse rumo, nossa economia segue em direção ruim, e ajustes necessários precisam ser implementados a tempo.

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