Estamos chegando ao final do primeiro ano do atual governo, marcado por muitas viagens presidenciais ao exterior. Foram 24 países visitados, que somaram 62 dias fora do Brasil. Mais de dois meses. O que essa quantidade de viagens num primeiro ano de governo, acompanhadas de comitivas enormes, com tantos problemas e questões cruciais para serem tratadas no país, trouxeram de retorno em termos de negócios para as empresas e em relação à melhora da imagem e da diplomacia perante o mundo?

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

Opção preferencial e apoio explícito para governos autoritários, sistemas políticos e posicionamentos do mandatário, que evidenciaram a pequenez diplomática nacional. Frases ditas lá fora, como que na Venezuela há democracia e os direitos humanos são respeitados, ou que em Cuba há liberdade, além do silêncio sobre o que acontece na Nicarágua, parecem zombar de quem conhece a realidade daquelas nações. Países onde os oponentes políticos do presidente atual são presos para não disputar as eleições.

Para ficar de bem com os amigos presidentes daqueles países, a desculpa é de não se meter na política interna de cada um. Lamentável! Em termos práticos, segundo aponta Alexandre Garcia, “os investimentos estrangeiros no Brasil caíram 23% até o mês de outubro, em comparação aos 10 primeiros meses do ano anterior”.

Leia outras colunas de Natalino Uggioni

Continua depois da publicidade

Não foi à toa que Jair Bolsonaro disse em entrevista na Argentina, que se voltar à presidência, nomeará Lula como ministro do Turismo. Faz sentido.

Leia também

Natalino Uggioni: A importância das ações do Observatório Social

Dagmara Spautz: Por que Bolsonaro quer Jorginho candidato à presidência da República em 2026

Lula defende paz e união em pronunciamento de Natal: “Somos um mesmo povo e um só país”