Feliz aquele que se dispõe a ensinar e compartilhar seus conhecimentos e experiências, influenciando positivamente a consolidação dos pilares para a vida e carreira daqueles que passam por suas mãos. Refiro-me aos bons professores. É sempre bom lembrar que, depois dos estudantes, os professores são os atores mais relevantes no processo de educação. Os estudantes vêm primeiro, porque sem eles, a quem ensinar? Não à toa na Base Nacional Comum Curricular encontra-se mais de 60 vezes a palavra “protagonismo” dos estudantes.
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Quando entendermos que o professor é a mais importante de todas as profissões, por certo, colheremos melhores resultados no processo educacional. Aqueles que não defendem essa premissa para uma educação de qualidade, talvez não tenham tido bons professores.
Temos acompanhado manifestações exaltadas contra as atitudes de alguns professores. É bem verdade que, em alguns casos, as reações aparentam fazer sentido. Exageros e extremismos à parte, porque, via de regra, não resultam em coisas boas, precisamos atentar para o princípio da razoabilidade.
Vimos o caso da professora que organizou a recepção de alunos com o hino nacional de outro país, para receber aqueles que de lá vieram estudar naquela unidade, ação que acabou sendo criticada e que, pelo contrário, deveria ser enaltecida. Parece-me que faltou uma dose de boa comunicação neste caso.
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Por outro lado, acompanhamos a infeliz ideia da professora que usou a imagem de Jesus Cristo, associada à frase “bandido bom é bandido morto”. Ao usar a imagem daquele que dividiu a história em antes e depois d’Ele, ela pediu para ser criticada. Num país com ampla maioria de cristãos, era de se esperar a reação que vimos.
Há quem considere Cristo subversivo para seu tempo. Quem dera tivéssemos mais subversivos como Ele. De tão subversivo pelo e para o bem, denunciando, confrontando e contrariando os poderosos, diariamente, uma imensidão de pessoas rezam para Ele em todos os cantos do mundo. Entre uma gama de possíveis imagens para aquela questão, com aquela sentença, foi escolhida, a meu ver a única que jamais deveria ser usada.
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A educação acontece na relação professor e aluno. Nisso, o ensinamento de Cristo “vigiai e ficai atentos” continua sendo de grande valia para que possamos conhecer e coibir atitudes que não condizem com a missão de bem ensinar.
Se é verdade que o professor deve usufruir de liberdade e autonomia para realizar com maestria sua missão, também é verdade que ambas precisam estar sob constante vigilância, de modo a não permitir-se que, usando-as como escudo, aproveitem o espaço e o tempo de ensino para fazerem apologia à ideologia de gênero ou à catequização político-partidária, independente que linha seja.
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Aos bons mestres, com todo carinho e respeito que fazem por merecer.
Conheça o professor Paulo Jubilut:
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