Continuo aguardando os grandes projetos, programas e ações do governo federal, que impulsionem nossa economia e incentivem o desenvolvimento do país. Até aqui, vimos desconstruções de programas e bons feitos conseguidos no governo anterior. O que temos de destaque, fora a PEC fura teto (ou seria melhor, licença para gastar), e a aprovação da proposta orçamentária na câmara federal?
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O presidente completou 31 dias fora do Brasil nos primeiros seis meses de governo, em viagens que poucos benefícios trouxeram para o país e, pior, serviram para manchar a imagem nacional perante o mundo, por suas falas desastrosas. A proporção de gastos do governo federal em publicidade é uma avalanche de recursos públicos. Segundo reportagem de O Antagonista, o atual governo gastou 13 vezes mais em propaganda que o anterior nos primeiros quatro meses.
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Foram nomeados centenas de políticos e candidatos derrotados nas últimas eleições, configurando-se num grande cabide e boquinhas em cargos comissionados aos aliados. O último anúncio de nomeação para o IBGE, de alguém que defende o aumento nos gastos públicos, alerta para preocupações em relação à responsabilidade fiscal. Nas palavras do economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, a escolha é um aparelhamento do Estado: “o nomeado tem interesse político que coloca à frente da análise econômica”. Preocupante, para dizer o mínimo.
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As contas públicas fecharam o semestre com um rombo de R$ 45,2 bilhões, conforme dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional. No primeiro semestre de 2022 o superávit fora de R$ 14,6 bilhões, em valores nominais. Esse rombo histórico levou o governo ao contingenciamento de R$ 1,5 bilhão, incluídas áreas da saúde e da educação, montante similar ao subsídio dado recentemente para a compra de veículos. É de chorar!
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A dívida pública nacional está próxima de R$ 6,2 trilhões, resultado de um governo que gasta muito e que precisa se endividar, já que a arrecadação não é suficiente para pagar as contas. E o presidente segue a saga de ter que negociar ministérios e cargos em empresas estatais com os partidos, o velho, toma lá dá cá.
Os dados do Caged apontam que os empregos formais no país caíram 26,3% no primeiro semestre, culminando no pior saldo desde 2020. A fechar pontos de tráfico de drogas, o governo quer fechar clubes de tiro e desarmar os cidadãos de bem que pagam impostos e cumprem a lei, não os criminosos. O ministro dos direitos humanos ainda não se deu ao luxo de visitar as pessoas presas em decorrência do 8 de janeiro, brigar pelos direitos daqueles então, nem se fale.
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Para poder aprovar os projetos de interesse o governo tem descarregado bilhões em emendas para os parlamentares, sendo o que mais liberou emendas em um único mês. Quem pensa que o país está indo bem, deve viver em um Brasil imaginário, de pura fantasia.
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