É inacreditável a capacidade do atual presidente de nos envergonhar nas andanças dele por aí e também quando está em Brasília. No paradoxo Brasil que tem missão humanitária e programa de acolhida aos refugiados de regimes ditatoriais, ao mesmo tempo, vê o presidente recebendo com honras militares um ditador.

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O que passa na mente de um militar ao ter que prestar honras a um cidadão que sabidamente comete crimes e é procurado pela Interpol como narcotraficante, conseguem dormir com a mente em paz? Onde anda o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, durante o período eleitoral proibiu a informação da amizade entre Lula e Maduro? O que diz agora aos brasileiros? Era fake…

E onde andam os ministros do supremo que não dão X horas, como faziam sem trégua no governo anterior, para o presidente explicar por que acolheu alguém que tem prisão decretada nos Estados Unidos? E a mídia, tão aguerrida nas cobranças aos atos do presidente anterior, por que razão não se levanta e grita aos quatro cantos do mundo que o atual está nos envergonhando?

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E esse não foi o primeiro e, para mais tristeza, não deve ser o último vexame mundial pelo qual passamos. Já tivemos os episódios de elogios à economia da Argentina (fala sério!); a recepção aos dois navios iranianos; a manifestação completamente descabida, sem parecer ter conhecimento de causa, acerca da guerra na Ucrânia; a vergonha exposta mundialmente quando do encontro dos líderes do G7 no Japão, onde Lula foi solenemente ignorado pelos pares dele…

Talvez no sonho delirante de ser agraciado como o pacificador mundial, indicado quem sabe ao Prêmio Nobel da paz, o presidente vai colecionando uma lista enorme de vergonhas e fazendo o Brasil e os brasileiros sentirem vergonha do representante maior. William Waack afirmou que “as palavras do presidente brasileiro não resistem aos fatos, sofrem de desonestidade intelectual e ofendem quem defende princípios universais, como liberdade e direitos humanos”.

Dificuldade para entender

Além de ditador, Maduro não está honrando o pagamento da dívida da Venezuela com o Brasil, algo em torno de 7 milhões de venezuelanos abandonaram seu país, fugindo de fome, miséria e repressão política. Nas palavras de Lula, são 7 milhões de narrativas contra o regime do companheiro que ele, vergonhosamente, insiste em defender. Até mesmo a base parlamentar que votou e apoiou o presidente na eleição posicionou-se contrária a recepção.

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O editorial do jornal o Estadão destacou que “Lula implodiu de vez a fragilíssima frente que o elegeu”, destacando que o Brasil foi envergonhado como poucas vezes vimos na história. Em outro editorial recente o mesmo jornal aponta: “Lula ‘perdido da Silva’ – sem plano estratégico para o Brasil, o petista parece desorientado. As crises que já engolfam o governo de apenas cinco meses formam o retrato de um presidente fora do prumo”.

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O que teriam a dizer aqueles que assinaram o tal manifesto pela democracia, sobre as vergonhas que têm sido protagonizadas pelo presidente? Nesse rumo e ritmo, estamos indo de mal a pior.

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