No mundo do vinho é visível por diversas situações que a bebida sempre foi colocada de uma forma masculina. Isso podemos presenciar facilmente quando o garçom serve o vinho em um restaurante, a prova do vinho na grande maioria é sempre oferecida ao homem. Então é muito lógico que venha a dúvida quando se trata de estudar sobre o assunto.

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Se o mundo vinho ainda é tão masculino, quem realmente tem o melhor olfato ou paladar para degustar a bebida?

Segundo Dr. Paul Breslin, professor do departamento de ciências nutricionais da Rutgers University e pesquisador do Monell Chemical Senses Center, estudou por mais de uma década as diferenças de gênero no paladar e no odor entre homens e mulheres. Testou mulheres e homens de diferentes idades ao longo de vários anos para ver se havia uma diferença significativa no olfato entre homens e mulheres. Drs. Breslin descobriu que as mulheres em idade reprodutiva podiam identificar odores em concentrações até onze vezes menores do que os homens. Essa pesquisa de Breslin também foi corroborada por um estudo, realizado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Então, por que as mulheres têm olfato mais aguçado do que os homens? – Breslin afirma que existem razões evolutivas prováveis ​​para isso. “Somos animais sociais, e as mulheres podem ter desenvolvido um olfato mais apurado como mecanismo de sobrevivência para que pudessem reconhecer seus companheiros, filhos e outros parentes em um grande grupo”.

Então isso significa que as mulheres são melhores em degustação do que os homens? Uma resposta bem complicada para se responder com exatidão.

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Em conversa com Rossela Ceni presidente da ABS de Santa Catarina, ela observa que: “Sim existe uma aptidão notória das mulheres sobre isso, mas ao mesmo tem que haver uma experiência pessoal. Entendo que tem que existir um bom repertório de vivência, de conhecimento geral em termos de odores ligados a enogastronomia para potencializar isso. Não se resume apenas a uma aptidão física o desenvolvimento de um repertório, requer também boa relação com a cozinha e temperos, pois isso estimula. Concordo que há uma boa aptidão das mulheres, mas que devem ser alimentadas pelas experiencias pessoais de cada uma. Acredito que a experiência pessoal potencializa muito a aptidão natural”.

Resumindo as mulheres tem sim suas aptidões olfativas mais aguçadas, mas é preciso treinamento e dedicação para que isso se torne um diferencial quando se trata de provas de vinho. E que trabalhado prazeroso esse de unir dom ao conhecimento e experiencia.