Fiz uma pesquisa (teórica e prática, claro) e vou contar um pouquinho dessa história começando por uma pergunta: Quem foi o primeiro viticultor do mundo?
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O viticultor mais antigo do mundo parece que foi Noé, pois ele teria se tornado lavrador após o dilúvio. Um dos projetos dele parece ter sido plantar uma vinha – a planta que produz uvas – que segundo os georgianos era a casta chamada Rkatsiteli. E provavelmente ele teria feito um suco desta uva, que sem querer entrou em processo de fermentação virando um “suco alcoólico” … Noé acabou bebendo e se embriagou, claro! E pelo jeito gostou, pois não parou mais de plantar.
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Essas histórias na grande maioria bíblicas em torno do vinho são inúmeras. E muitas vezes nos passam despercebidas como é o caso do teto da Capela Sistina, no Vaticano, onde se encontra a maravilhosa pintura de Michelangelo Buonarroti, que foi inspirada justamente na embriaguez de Noé.

Embasado em informações do Antigo Testamento os georgianos afirmam que a uva do Noé era Rkatsiteli. Os cachos da Rkatsiteli são geralmente grandes e com pequenas bagas. São uvas que na sua maturação atingem altos níveis de açúcar e acidez. Tem produtividade alta, amadurecimento tardio e é resistente a temperaturas frias. A Geórgia tem uma história milenar relacionada ao vinho, mais de oito mil anos, sendo que todas as suas castas são autóctones, e com nomes que nem me arrisco em pronunciar.
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O vinho da foto que experimentei é um Georgiano de uva 100% Rkatsiteli, QVEVRI RKATSITELI – AMBER 2015 produzido em ânfora. Um vinho muito encorpado e rico em taninos. Caracterizado por frutas maduras, notas de frutas secas e um sabor de geléia, no final permanece com acidez leve bem equilibrada.
É, o tal do Noé sabia das coisas (Deus devia sussurrar algumas ideias mesmo e nada como saber à quem perguntar…).