O deputado federal Valdir Colatto (MDB) foi nomeado diretor-geral do Serviço Florestal do Ministério da Agricultura. Há décadas dedica-se à defesa da agropecuária catarinense e nacional. Durante dois mandatos atuou na Frente Parlamentar da Agropecuária.
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Quais serão as prioridades no Ministério da Agricultura?
Valdir Colatto – A primeira coisa que precisamos fazer é implantar o Código Florestal, que já tem sete anos. Só instalamos a primeira etapa, o Cadastro Ambiental Rural. Tem que ver o plano ambiental, saber o passivo e fazer os ajustes. Faltam decretos para regulamentação da lei. É preciso regulamentar a situação florestal, que hoje está bastante confusa, entre Agricultura, ICMBio, Ibama, Meio Ambiente. Virou o “samba do crioulo doido”. Vamos tentar organizar tudo isso para transformar a floresta em um ativo para o Brasil, como a soja, o milho. O Brasil precisa transformar a floresta numa atividade econômica. Ela cobre 66% do território nacional contra 0,4% da Europa.
Há risco de destruição do meio ambiente?
Valdir Colatto – Absolutamente. Queremos que sejam respeitadas a ciência e a técnica. Mas é preciso proteger quem produz, quem trabalha e quem gera empregos. A questão ideológica fica na área política.
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O presidente Jair Bolsonaro conhece nosso trabalho em 20 anos de atuação como colega na Câmara Federal, a ministra (da Agricultura) Tereza Cristina também. Nosso objetivo será pelo desenvolvimento sustentável: promoção da economia, do social e do ambiental. Vinham penalizando o agricultor, demonizando a atividade, quando é ele que faz na prática a preservação do meio ambiente. O agricultor é, na prática, o grande preservador. Por isso, merece proteção, apoio e incentivos.
Quando será sua posse?
Valdir Colatto – Deverá ser marcada para o início de fevereiro. Tenho que concluir o mandato de deputado federal. Mas conversei longamente com a ministra Tereza Cristina, definimos algumas ações e já estou trabalhando em meu gabinete sobre os projetos para enfrentar os desafios do setor agrícola.