Ex-consultor do BID, especialista em estudos rodoviários e hoje consultor independente prestando assessoria ao Grupo Paritário de Trabalho que fiscaliza a BR-101, Newton Gava apresentou estudo minucioso quarta-feira (22) na Fiesc. Abordou o risco de colapso em trechos da rodovia e os investimentos inadiáveis para as áreas já estranguladas. Falou, também, sobre obras emergenciais na Grande Florianópolis.

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Qual a solução para os dramáticos engarrafamentos da BR-101 na Grande Florianópolis?

Juntamente com o contorno, obra de grande alcance que vai tirar o tráfego pesado do corredor, é preciso uma série de outras medidas. Elas vão melhorar as condições operacionais da BR-101. Esse conjunto de obras exigirá R$ 700 milhões. Até o final da década teria condição operacional boa no corredor, com as marginais funcionando com a pista central. Nas marginais o tráfego local; nas pistas centrais, o tráfego central.

 

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E sua proposta da terceira faixa na BR-101 no sentido norte?

É uma obra fácil, como foi a execução do sentido sul. Seria executada em apenas um ano, ao custo de R$ 93 milhões. O fluxo está hoje represado. Com a terceira faixa aumentaria em 50% a atual capacidade, como no sentido sul. Ou seja, esses congestionamentos crônicos que se vê todos os dias, vindo pela Via Expressa, irão diminuir muito, com tendência a desaparecer. Portanto, trata-se de uma obra operacional, de curtíssimo prazo, enquanto não fica pronto o contorno, fácil de executar e que a concessionária tem todo interesse em fazer. O projeto executivo já está pronto.

 

E por que ainda não se fez?

Esta terceira faixa está em processo de orçamento para ser enviado a ANTT. O projeto já tem seis meses. Até para fazer o projeto a concessionária tem que pedir autorização.

 

 

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