Auditorias e estudos realizados pelo Tribunal de Contas do Estado vêm apontando, desde 2011, desvios, inchaço e problemas na atuação das secretarias regionais, criadas em 2003 no governo Luiz Henrique e transformadas em Agências na gestão Raimundo Colombo.
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As principais restrições referem-se à ausência de critérios na criação das secretarias, nomeação de cargos comissionados com motivação partidária, elevado número de unidades, e despesas correntes maiores do que investimentos em saúde, educação e segurança.
Já em 2012, o parecer prévio do tribunal sobre as contas do primeiro ano do governo Colombo, assinado pelo conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, apresentava várias restrições às Regionais.
Entre as recomendações destacava: “reduzir consideravelmente a quantidade de secretarias regionais para patamares condizentes com a sua necessidade gerencial ou apresentar demonstração cabal por meio de estudos técnicos, da necessidade da manutenção, em sua estrutura, das 36 (trinta e seis) secretarias regionais existentes.”
Em 2015, o governo transformou as secretarias em agências de desenvolvimento regional. O conselheiro Adircélio Ferreira constatou, contudo, que os problemas antigos permaneceram, como constatado no relatório de auditoria do tribunal. Ali determina que “o governo reavalie com critérios técnicos e objetivos que levem em consideração a minimização de desperdícios de recursos públicos e a maximização de rentabilidade social.”
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O relatório de 2017, do mesmo conselheiro, mantém a crítica e decide que o governo “reduza consideravelmente a quantidade de secretarias regionais para patamares condizentes com a sua necessidade gerencial ou que demonstre, cabalmente, por meio de estudos técnicos, a necessidade”.
Outra conclusão: no governo Colombo, as secretarias regionais aumentaram os gastos com pessoal e reduziram os investimentos.