Se não surgirem manobras casuísticas de ministros, que irão apequenar o Supremo Tribunal Federal, Lula será preso para cumprir condenação de segunda instância, de 12 anos e um mês, em regime fechado.
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Duas mulheres salvaram a imagem da suprema corte na histórica votação: as ministras Rosa Weber e Carmen Lúcia, as heroínas da histórica sessão. Impediram que as cadeias fossem abertas para notórios e poderosos corruptos, para ladrões de colarinho branco, para os endinheirados e para criminosos em geral, colocando fermento na impunidade. Foram secundadas pelos brilhantes e pedagógicos votos dos ministros Luiz Roberto Barroso, Alexandre Morais, Edison Fachin e Luiz Fux, todos identificados com as aspirações de Justiça da esmagadora maioria dos homens de bem de todo o Brasil.
Mas é hora de lembrar “Nessun Dorma”(“Ninguém Durma”) a famosa ária do ultimo ato da ópera Turandot, de Giacomo Puccini. Há advogados pagos a peso de ouro e ministros comprometidos com os velhos casusismos, que não dormem à procura de alguma manobra processual para mudar a jurisprudência do Supremo, consolidada esta semana.
Luciano Pavarotti tem a melhor interpretação de “Nessun Dorma”. Ele dá um brilho especial quando canta “as estrelas, que tremulam de amor e de esperança”. Esperança que brilha hoje no coração dos brasileiros de bem.
O saudoso tenor italiano levantava plateias, quando estufava o peito, enchia os pulmões ar e proclamava, emocionando o mundo: “All’alba vinceró!/ Vinceró, vinceró”(“Ao alvorecer/ vencerei, vencerei”).
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Atenção, porém, aos casuísmos dos “cordeiros” do Supremo. Para que a cidadania possa cantar, mais vezes, o comovente final do “Nessun Dorma”.
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