A Operação Lava Jato e o combate à corrupção no Brasil correm risco neste momento, depois da decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, que anulou sentença do juiz Sergio Moro condenando o ex-presidente da Petrobrás, Aldemir Berdine, por corrupção e lavagem de dinheiro. Foi acusado de receber propina de R$ 3 milhões da Odebrecht. Votaram pela surpreendente decisão os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Levandowski e Carmem Lúcia. 

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A alegação dos três ministros está sendo considerada pretexto para abrir as portas das cadeias dos condenados por corrupção, freando o combate à impunidade no Brasil e desmontando a Lava Jato. Alegação soa ridícula: Berdine deveria ter sido o último a se manifestar no processo. 

Em Florianópolis, foi censurado pelo deputado Rodrigo Maia, em palestra promovida pela Acaert na Assembleia Legislativa. 

Relatou que o governador Ronaldo Caiado recebeu o Estado de Goiás com folha atingido 82% da arrecadação, ferindo mortalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal. Entrou com ação no STF para redução dos salários milionários de servidores. E o que decidiu a Pequena Corte: os salários não podem ser cortados, mesmo que acima do teto. 

Na prática, decisões do Supremo esvaziam o combate a corrupção e oxigenam a impunidade. E inviabilizam os governos. 

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O STF é hoje a instituição da República que mais críticas vem recebendo em Santa Catarina, no Brasil e no exterior.