O Natal de 2017 ficará na história por um fenômeno novo de comunicação, evidenciado pelo uso massivo do WhatsApp na internet.
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As mudanças são notórias. No século passado, as mensagens de Natal eram trocadas entre familiares e amigos em locais distantes, pelo telefone fixo. Antes dele, pelo telex e pelos Correios. Com a chegada do celular, são raríssimos os que valem-se da telefonia. Dá mais trabalho e custa mais caro. Os smartphones facilitam a operação, pois os destinatários estão na agenda, acionada com um toque, além de muito mais econômicos.
Nos últimos dias foram duas as mensagens mais frequentes: as de cumprimentos pela passagem do Natal, com vídeos humanos, criativos, coloridos e de conteúdo espiritual; e as críticas contundentes do ministro Gilmar Mendes, em particular, e ao Supremo Tribunal Federal em geral.
Denúncia gravíssima espalhou-se rapidamente por todos os cantos. Feita pelo juiz Glaucenir de Oliveira, da Vara Criminal de Campos (RJ) e titular da Zona Eleitoral, acusando Gilmar Mendes de receber propina para soltar o ex-governador Antotnhy Garotinho.
— A mala foi grande — disse o magistrado federal, ao insinuar que o habeas corpus em favor de Garotinho foi concedido em troca de dinheiro.
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A Corregedoria Nacional de Justiça vai instaurar investigação para apurar a conduta do juiz Glaucenir de Oliveira.
Quer dizer: o Judiciário Federal, que nos últimos anos salvou o Brasil da ditadura bolivarianista, com a atuação exemplar do juiz Sérgio Moro, dos desembargadores do TRT-4 e de ministros dos tribunais superiores, vive hoje um período de perigoso descrédito.
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