O que pode acontecer na eleição de domingo?
Temos um cenário de bipolarização, que fez desaparecer os outros candidatos no primeiro turno. Há um pró e um anti. Mas é da democracia.
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O senhor acha que o Brasil corre risco com Bolsonaro presidente?
A radicalização já existe. Mas aposto que vai tomar os caminhos que a Democracia nos impõe.
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Por quê?
Porque o Jair Bolsonaro tem sete mandatos de deputado federal. Este é o grande mérito dele, experiência na Câmara.
O que o senhor tem sugerido a ele nos últimos dias?
Primeiro, não lotear o governo. Sei que não vai ser fácil, mas ele me garantiu que sustentará a tese. O fato de anunciar ministros antes – que o Merisio está fazendo em Santa Catarina – esclarece para os eleitores qual o padrão que quer alcançar. Bolsonaro caminha para não fazer o loteamento do governo. Está impedindo que o eleitor seja enganado e dá garantias de que não haverá loteamento. Se eleito, ele não pode lotear o governo.
E aqui em Santa Catarina?
Temos um outro cenário. Todos conhecemos os méritos e os defeitos dos candidatos presidenciais. Mas isto não ocorre no Estado. Não falo mal de candidato. Vou votar no Merisio, como votei no Bolsonaro. Constato que faltam à sociedade catarinense elementos para comparação. Você tem um nome nacional, expressa num número, e uma pessoa, a meu ver inatacável, que é um número. Ser governador é um pouco mais do que ser um número.
Mesmo eleito o senhor continua em campanha…
Continuo em campanha porque é do meu caráter. Eu queria ser candidato a governador, mas aceitei esta coligação. Não tenho nenhum motivo para desonrar o compromisso assumido na coligação. Estou hoje mais do que convencido de que a chapa João Paulo Kleinubing de vice e Gelson Merisio representa não só experiência, mas um programa definido que poderá ser cobrado por todos nós: extinção de cargos comissionados e das secretarias regionais, planos para segurança e saúde e nitidez de posição, como o caso da Secretaria de Segurança. Um nome do Gaeco e outro da Lava-Jato. Tem nitidez maior do que essa? Já o oponente é um candidato sem definição própria. E há evidência de influência do comando do MDB, que causou os maiores problemas de Santa Catarina. Será que o candidato sabe o que é Letras do Tesouro, operação da Invesc, o escândalo da SC-401. Como o governo pagará R$ 20 bilhões destes escândalos todos herdados do MDB, que o apoia?
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