Situada geograficamente em região estratégica, às margens do Rio Reno, na fronteira com Alemanha e França, a Basileia, na Suíça, é considerada uma das joias do magnífico colar de preciosidades europeias. Entre as incontáveis atrações arquitetônicas, o Hotel Les Trois Roys, com mais de 300 anos de história.

Continua depois da publicidade

Já se chamou “Drei Könige” (Os Três Reis).

Quem tem acesso à TV a cabo pode conferir em canais de turismo, hotéis e viagens, as maravilhas desta hospedagem suíça. Detalhe: seus proprietários procuram preservar tudo que era da era napoleônica, seja a predominância do verde nas pinturas e objetos de decoração, seja nos ambientes comuns de biblioteca, lounge, charutaria, etc. Por quê? Napoleão Bonaparte ali se hospedou e realizou reuniões políticas. Entre outros frequentadores, Jean-Paul Sartre, Charles Dickens, Herbert von Karajan e, mais recente, Dalai Lama. Esta preocupação de preservar monumentos históricos, sejam hotéis, palácios, casas, castelos, museus, é fato notório na Europa.

Em Santa Catarina, ao contrário, há exemplos tristes de desprezo ao passado. O mais gritante, em Florianópolis, continua a desafiar, há anos, autoridades estaduais e municipais. É a Casa de Vidal Ramos, governador que revolucionou a educação de SC no início do século passado. Ali já moraram o ex-governador Celso Ramos e o ex-deputado Joaquim Ramos. Abandonada, se deteriora, invadida por craqueiros e desocupados. A bela residência tem arquitetura semelhante à do Palácio Cruz e Souza e da Casa Carvalho, hoje o condomínio Country Clube. 

Omissão criminosa: um povo sem passado é um povo sem futuro.

Continua depois da publicidade