José Boiteux
José Boiteux. (Foto: Acervo Pessoal)

Acadêmico Celso Leal da Veiga Júnior prestando homenagem ao conterrâneo José Arthur Boiteux pela passagem esta semana dos 86 anos de falecimento.  Trata-se do “pai do ensino superior catarinense” e reconhecido como o mais importante intelectual do século passado.

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Divulgou um relato biográfico sobre o fundador da Escola Politécnica, semente do ensino superior, do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e da Academia Catarinense de Letras que, este ano, está comemorando centenário de fundação.        

O relato

“Tijucas, Município emancipado em 1860, situado no Estado de Santa Catarina, é uma 'Terra de Boas Energias'.  Nele, em 1865, nasceu José Arthur Boiteux, que integrado ao Vale do Rio Tijucas, foi Advogado, Professor, Deputado Estadual, Deputado Federal, Secretário de Estado, Juiz de Direito e Desembargador.

José Boiteux (assim era conhecido, havendo um Município Catarinense com seu nome) faleceu em Florianópolis, no Hospital de Caridade, aos 8 de janeiro de 1934. A urna funerária, coberta com a Bandeira da Liga Operária — era um dos fundadores — foi transportada pelo Interventor Federal, Secretário da Fazenda, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Juiz Federal, Prefeito da Capital e pelo Diretor da Faculdade de Direito, tendo havido revezamento entre inúmeras autoridades e populares no trajeto entre a residência e a Capela do Hospital de Caridade. Após a celebração, membros da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos conduziram a urna até o cemitério da referida entidade.

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Todos os discursos reconheceram a importância do finado; e um apontou que ele 'consumiu os seus dias em busca da inteligência, semeando, inegavelmente, por todos os recantos da terra natal, os núcleos de cultura que melhor traduziram a fé inesgotável da sua alma ao espírito dos homens que aqui nasceram' (O Estado, edição 6086, de 10 de janeiro de 1934).

Participante ativo de entidades culturais, entre várias ações s obras, José Boiteux foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (1896); do Instituto Polytechino, que funcionou em Florianópolis (1917, do qual ele foi Secretário e Diretor; o órgão encerrou atividades em 1934); da Sociedade Catarinense de Letras (1920; transformada na Academia Catarinense de Letras, tendo ele fundado a Cadeira 17);  da Faculdade de Direito (1932, foi o primeiro Presidente provisório, depois Secretário; lecionou Direito Administrativo).”