Será hoje, às 18h, a posse dos novos dirigentes do Tribunal Regional Eleitoral. O desembargador Ricardo Roesler assumirá a presidência e o desembargador Cid Goulart, a vice-presidência. Tomam posse também os desembargadores Volnei Tomazini e Jaime Ramos com juízes substitutos. Nascido em São Bento do Sul, Roesler tem 31 anos de atuação na magistratura catarinense.
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Quais as medidas que o senhor pensa em adotar no TRE?
A primeira é a preparação para as eleições gerais. Temos muito trabalho em andamento, a biometria que precisa ser concluída até 9 de maio. E depois fazer um trabalho para executar uma eleição segura e eficaz, sem se incomodar com rapidez. Vamos promover uma reestruturação dos setores administrativos do Tribunal. Está carecendo de alguns ajustes, que vou submeter ao Tribunal Pleno. Vamos instalar um Conselho de Governança Corporativa para ouvir os funcionários, e trabalhar muito para retomar o Tribunal na vanguarda da Justiça Eleitoral Brasileira.
O senhor acredita na lisura absoluta da urna eletrônica?
Ainda acredito. Claro que nenhum sistema é inviolável, mas o nosso é muito bem trabalhado. São vários níveis de criptografia, vários sistemas de proteção. Até hoje não vi nenhuma denúncia comprovada de fraude. Se houvesse fraude, por exemplo, o que explicaria uma candidatura de oposição ganhar a prefeitura de São Paulo no primeiro turno? Temos que parar para pensar. O sistema é rápido, seguro e eficaz. Acredito nele. Muito melhor do que a contabilidade do voto manual.
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O voto impresso vai dar mais segurança?
Vejo como mais um teste. Não será integral até por questão orçamentária. Mas a tentativa é válida.
O que o senhor gostaria que ocorresse nas eleições em Santa Catarina?
Que fosse, como sempre foi, uma eleição ética, que os partidos e candidatos se respeitassem e que fosse plenamente eficaz.
O TRE-SC será mais rigorosa no combate ao caixa 2?
Sem dúvida. O Tribunal continuará atuando com muita responsabilidade com campanhas institucionais com os candidatos, partidos e eleitores. Nossa função não é investigativa, mas reativa, respondendo as consultas e denuncias, e julgando os processos instaurados. Será força total neste sentido. É uma situação que precisa ser enfrentada de forma eficaz. Vamos trabalhar muito para combater o caixa 2. Temos hoje muito mais convênios do que havia no passado, com a Receita Federal, a Abin, a Polícia Federal, o Ministério Público. Todos estão muito preparados para isso.
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