República: as Excelências estão no povo, fora de Brasília

Os brasileiros estão comemorando hoje os 130 anos de Proclamação da República. E neste 2019 com a auto-estima reduzida pela indecente decisão do Supremo Tribunal Federal, que acabou com a prisão dos condenados em segunda instância para beneficiar bandidos, corruptos de colarinho branco e criminosos.

Um pesado tiroteio contra os ministros que oxigenaram a praga da impunidade e se aliaram a bandidagem, a pretexto de teorias estapafúrdias como garantismo e muita conversa fiada, para ajudar a criminalidade e escancarar a injustiça, toma conta da internet.

O Brasil está envergonhado do julgamento da Pequena Corte de Brasília e dos votos de seis de seus ministros. Encastelados, eles exigem tratamentos pomposos, mas se portam como julgadores desconectados da sociedade.

Nas redes sociais, em especial Facebook e Whatsapp, multiplicam-se com grande velocidade milhares de mensagens, produções com críticas contundentes ao ministros do Supremo, declarações de cidadãos independentes decepcionados com o STF, mostrando a revolta da população.

Uma das manifestações mais contundentes que viralizou na rede foi publicada pela agricultora de Chapecó Tathy Favaretto Giuriatti. Disparou pesado contra os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Rosa Webber, com alguns adjetivos impublicáveis. Vem ganhado notoriedade nacional.

A jovem que tem a conta Agro Mulher Brasil nega-se a tratar aqueles ministros de Excelências. E diz muito bem: Excelências são os agricultores que trabalham todos os dias com sol, chuva e qualquer tempo para alimentar os brasileiros. Excelências são os professores que ensinam as novas gerações, muitas vezes sem a remuneração merecida e sem reconhecimento. Excelências são os brasileiros honestos, homens e mulheres de bem, batalhadores, que priorizam o mérito, a família, o estudo e o trabalho.

A República foi proclamada há 130 anos. Mas falta muito para a “coisa pública”, concebida pelos pensadores gregos e praticada por instituições, seja mais respeitada e celebrada pelo povo.

É uma pena. Mas com este Congresso pouco produtivo e com esta Pequena Corte encastelada na Ilha da Fantasia há pouco a comemorar sobre o Dia da República.

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