O clima político predominante hoje no plenário da Assembleia Legislativa não recomenda o governador eleito Carlos Moisés (PSL) a encaminhar o projeto de reforma administrativa este ano.
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Deputados de vários partidos, a começar do MDB, a maior bancada, já se posicionaram contra a aprovação da complexa matéria neste fim de mandato e de legislatura. Primeiro, porque 22 dos atuais 40 deputados não foram reeleitos. Portanto, a maioria do colegiado será substituída. E, segundo, porque não haverá tempo suficiente para cumprir os prazos do regimento. E ninguém admite atropelar as normas.
A desinformação sobre a formação do novo governo, a falta de dados sobre o que vai acontecer no Estado dentro de apenas 50 dias, deixa os parlamentares apreensivos com o futuro. As bancadas do MDB e do PSD, por exemplo, querem explicações para esta blindagem e este silêncio. Aguardam as decisões com grande expectativa.
O motivo da apreensão é justificado. O novo governador promete extinguir todas as Secretarias Regionais. Acontece que neste momento elas estão executando obras, sem servidores trabalhando, coordenam as prestações de contas dos recursos transferidos pelo Tesouro a todas as Apaes e tem uma série de atribuições. Com sua extinção quais os órgãos que assumirão estas responsabilidades? Será de um dia para o outro? Como se dará o debate no legislativo sobre as mudanças prometidas?
Pela temperatura, o projeto deverá mesmo ser enviado somente no inicio do próximo ano ao parlamento, até por ter o respaldo da nova bancada do PSL, o partido do governador.
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