Votos suficientes para aprovação da reforma administrativa pela Assembleia Legislativa o governo estadual já tem. Pelo processo encaminhado nos últimos dias não será surpresa se a aprovação se der pela unanimidade de votos de todos os deputados presentes.
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A construção executada pelo deputado Luiz Fernando Vampiro, do MDB, em vários encontros pessoais com o governador Moisés da Silva, acabou resultando em concessões de ambas as partes. Muito mais importante: Vampiro disse claramente a Moisés que o apoio do MDB deveria ser coletivo, de toda a bancada, sem cooptações individuais.
Conquistada a adesão em reunião da bancada do MDB, vieram os novos capítulos: Vampiro acertou com os outros dois relatores da reforma um sistema de consenso sobre as emendas, depois de promover as diligências e realizar as audiências públicas, tudo com atuação do Executivo.
O processo foi caminhando lentamente, em incontáveis negociações com os secretários Douglas Borba e Jorge Tasca, para um substitutivo comum.
Prova deste clima criado entre os deputados das três comissões ocorreu na terça-feira na aprovação do substitutivo. Depois de novas pressões do Executivo, contra mudanças no projeto original, prevaleceu o consenso.
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A reunião do presidente Júlio Garcia com os líderes partidários completou a convergência geral. Primeiro, vota o projeto, sem os destaques dos deputados. Este deve passar fácil. Depois a votação das emendas em destaques. Ali se terá leitura melhor entre as posições dos deputados e as defendidas pelo governo.
Faltou dizer
Entre as principais críticas feitas pelos deputados sobre o projeto da reforma administrativa destacaram-se aquelas relativas a questão financeira. O governo estadual não informou a Alesc qual efetivamente a economia que se fará. Os dados divulgados foram considerados “chutômetro”. E, apesar dos apelos do deputado Romildo Titon desde o inicio da tramitação, ninguém sabe qual será a despesa com a criação de novos órgãos.