Santa Catarina está vivendo hoje um dia histórico, com a abertura da Ponte Hercílio Luz. Não se trata de uma obra de grande importância apenas para a população da Capital e da Grande Florianópolis. Este monumento histórico constitui o principal ícone de toda Santa Catarina.
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Chega-se com sua reabertura ao fim de uma novela de 38 longos anos. Sua interdição data de 3 de dezembro de 1981, quando o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo realizou uma investigação rigorosa sobre rachadura num dos olhais das barras de sustentação.
O documento foi submetido a um grupo técnico pelo então secretário de Transportes e Obras, Esperidião Amin, recomendando a interdição. O governador Jorge Bornhausen autorizou o imediato fechamento por questão de segurança.
A partir daí foram realizados vários estudos e apresentados projetos de recuperação. O plano do DNIT foi depois abandonado. A engenharia da Universidade Federal sugeriu cabos de aço para evitar um desastre, mas o projeto também não foi executado.
O primeiro ato concreto veio em 2005, quando o governador Luiz Henrique da Silveira lançou o edital para recuperação da ponte. Foi, então, contratado um consórcio liderado pela construtora Espaço Aberto.
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Como as obras eram executadas de forma lenta, o governador Raimundo Colombo rescindiu o contrato com a Espaço Aberto.
Fez mais: manteve contatos com Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado, para contratar a empresa portuguesa Teixeira Duarte, de larga experiência neste tipo de reforma em todo o mundo. O contrato foi assinado com dispensa de licitação e transparência.
A Teixeira Duarte realizou um elogiável trabalho, valendo-se do conhecimento tecnológico e utilizando modernos equipamentos de computação para execução dos serviços e monitoramento.
Um trabalho que virou “case” mundial em termos de engenharia pelo caráter singular: a Ponte Hercílio Luz é uma das poucas do gênero existente em todo o mundo. Tem características próprias.
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Os trabalhos tiveram a supervisão do extinto Deinfra e a coordenação do engenheiro Wenceslau Diotalev, que atuou na fiscalização durante os momentos mais críticos de recuperação da monumental obra.
O ex-governador Raimundo Colombo divulgou um gráfico nas redes sociais mostrando que 80% das obras da reforma foram executados em seu governo, contra 15% dos anteriores e apenas 5% da gestão Moisés da Silva.
A conferir, a partir desta segunda-feira, qual a funcionalidade em termos de melhoria da mobilidade urbana na Capital. E a instalação de equipamentos de lazer nas cabeceiras insular e continental.
Depois de tanta polêmica e milhões de reais, a população merece a reabertura e o uso funcional do histórico monumento.
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