A mobilização que lideranças do PT e de fanáticos da esquerda estão fazendo nas redes sociais contra o julgamento do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, no próximo dia 24, tem tudo para provocar um efeito bumerangue.
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São manifestações antidemocráticas e até criminosas. Como a de um maníaco líder do PCdoB do Mato Grosso convocando a militância para ir a capital gaúcha botar fogo no TRF e liquidar os desembargadores. Ou como a do notório corrupto e condenado José Dirceu, um dos responsáveis pelo desastre econômico, político e social do Brasil, intimando os correligionários para um enfrentamento direto com o Judiciário e condenando a “ditadura da toga”.
Registram-se na internet ameaças intoleráveis, além de mensagens a favor da desordem, da desmoralização do Judiciário, de um esquemão político para constranger os três desembargadores federais.
Não se dão conta do quanto estão enterrando o ex-presidente e seus projetos ditatoriais de poder, frustrados com o Mensalão, denunciados pela Lava-Jato e sepultados com o Petrolão. Estas convocações ofensivas à Constituição e da ordem jurídica do país estão a revelar o espírito totalitário que ressurge no discurso destes pseudodemocratas.
Eles acham mesmo que os desembargadores federais, com ricas e robustas biografias, corajosos e sintonizados com a aspiração nacional de novos tempos, irão se acovardar com investidas tão sórdidas e atos de guerrilha?
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Esta retórica de “revolucionários” corruptos produz, na prática, dois efeitos: oxigena a candidatura de Jair Bolsonaro, e seu discurso pela ordem, disciplina e respeito às instituições, e fragiliza a defesa de Lula.
Não venham chorar depois se o TRF-4 confirmar a sentença do juiz Sérgio Moro e até aumentar a merecida pena aplicada ao ex-presidente.
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