O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, garantiu a esta coluna que a Eletrosul não sairá de Santa Catarina. Confirmou que está em execução o projeto de unificação da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) com a Eletrosul, processo deflagrado no ano passado.

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O objetivo é reduzir os custos das duas empresas, racionalizar os custos e assegurar sua sobrevivência. Com 40 anos de experiência no setor elétrico, Wilson Ferreira recebeu a Eletrobras em 2016 valendo R$ 10 bilhões em ações e patrimônio líquido de R$ 42 bilhões. Depois de venda de ativos, elevou o patrimônio para R$ 45 bilhões e o valor das ações pulou para R$ 50 bilhões.

Mais grave: a dívida do sistema Eletrobras era nove vezes a geração e o caixa. Foi reduzida para três vezes o valor da geração, depois de uma completa reestruturação na estatal, com privatização de sete empresas distribuidoras.

Outro fator de perdas e corrupção. A Eletrobras tinha participação em 178 Sociedades de Propósitos Específicos (SPEs), em cinco estatais do sistema. Vendeu 23 SPEs, fechou as que estavam em inatividade, o que resultou na diminuição do número de empregos de 26 mil para 14 mil.

O presidente explicou que a CGTEE tem hoje três usinas térmicas, todas no Rio Grande do Sul, duas das quais fechadas e a terceira em reforma com investimentos de R$ 300 milhões. Tem apenas 340 empregados, sendo 70 na administração e 270 na operação. Já a Eletrosul tem 470 MW de geração, 12 mil de linhas de transmissão e participa de vários empreendimentos. Tem hoje 1.123 empregados, dos quais 434 na administração e 689 na operação.

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Para Wilson Ferreira Júnior não há hipótese de extinção da Eletrosul, que é muito maior do que a CGTEE na unificação.