A semana do Carnaval está marcada por novos capítulos no racha do PDT catarinense, provocado pela decisão da deputada Paulinha de aceitar a liderança do governo de Carlos Moisés da Silva na Assembleia Legislativa do Estado.
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Na última quarta-feira (19), a deputada fez uma declaração rede suas redes sociais contestando a ameaça feita pela Executiva Estadual de puni-la se não renunciasse ao cargo em 24 horas. O prazo já passou, Paulinha disse que continua na liderança e vai enfrentar o comando trabalhista.
Ela acusa o presidente Manoel Dias de praticar ilegalidade. Criou novos movimentos dentro do PDT estadual e nomeou novos dirigentes para ampliar a Executiva e garantir os votos que resultaram na nota ameaçadora contra a deputada. Aguarda-se agora a resposta da Executiva Regional do PDT sobre o desafio da ex-prefeita de Bombinhas. O presidente Manoel Dias não se manifestou até agora sobre este racha no partido e o enfrentamento da deputada Paulinha.
Na Assembleia Legislativa, a nova líder diz que vai buscar o diálogo com todos os deputados e com representantes da sociedade civil. Mas já começou com críticas de correligionários e aliados do governador do Estado.
A deputada Ana Campagnolo, do PSL, continua veiculando vídeos com disparos contra Carlos Moisés da Silva por atos que considera antirepublicanos na cooptação de prefeitos. Estas ações levaram o deputado Miltom Hobus, presidente estadual do PSD, a pedir investigação do Ministério Público Estadual, dizendo que o governador estaria comprando prefeitos.
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A lista dos prefeitos filiados ao PSL teve duas baixas nos últimos dias. O prefeito de Bombinhas, Henrique Muller, divulgou nota enfatizando que continuará no Democratas e não está inscrito no PSL. O mesmo ocorre com a prefeita de Santa Cecília, Aparecida Garcia, que permanece no PSB socialista.
O ex-líder do governo na Assembleia, deputado Mauricio Eskudlark, do PL, também lavrou seu protesto no grupo de deputados. Revelou que depois que o prefeito Luciano Buligon deixou o DEM e se filiou no PSL, o governo Moisés já liberou convênios de R$ 25 milhões para um novo Contorno Viário de Chapecó. E municípios de sua base aguardam verbas para antigas reivindicações.