O prefeito Gean Loureiro (sem partido) foi libertado nesta terça-feira (18), no início da noite, pela Polícia Federal de Santa Catarina. Com prisão preventiva decretada pelo desembargador Leandro Pausen, do TRF-4 de Porto Alegre, foi preso pela manhã em sua residência, na Operação Chabu.
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Prestou depoimento, respondendo a 70 perguntas sobre os mais diversos assuntos, segundo revelou durante entrevista coletiva no escritório do advogado Diogo Pitsica, que acompanhou o prefeito.
Foram três os pontos principais arguidos pelos delegados federais: 1. Reunião sobre o projeto de financiamento externo chamado “Meta 21”, que oferecia empréstimo. Não foi concretizado, porque os proponentes não mostraram credibilidade; 2. Eventual participação numa operação sigilosa realizada, que o prefeito não conhecia e sem qualquer relação com os suspeitos; 3. Suposição de instalar uma “Sala Segura”, de contra espionagem em seu gabinete na Prefeitura da Capital.
Todos os pontos levantados pela Polícia Federal foram desconstituídos pelo prefeito, segundo ele mesmo assegurou. Diante de suas explicações e confrontado com depoimentos de outros presos na mesma operação, o delegado Brasil, coordenador da operação Chabu, que veio de Brasília, relaxou a prisão, depois de contatos com o desembargador federal em Porto Alegre. Houve reconhecimento de que o prefeito não estava envolvido nos fatos narrados no inquérito.
– O prefeito não precisa ser preso – afirmou o delegado que conduzia o inquérito, dispensando Gean Loureiro até de assinar a Guia de Recolhimento de Preso. Na prática, transformou a prisão temporária e tomada de depoimento.
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Em vários momentos da entrevista coletiva, Gean Loureiro, com tranquilidade, mas entristecido com o fato, repetiu: “Fui injustiçado!”