Durante encontro de prefeitos, vices, vereadores, dirigentes e militantes, o PP do oeste catarinense voltou a pressionar e a insistir na candidatura do deputado Esperidião Amin ao governo do Estado.
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O evento progressista aconteceu em Nova Itaberaba e reuniu cerca de 1.500 participantes, segundo os organizadores.
Os discursos dos principais líderes concentrou-se na defesa da candidatura de Amin ao governo. O ex-governador caminhava para uma aliança com o PSD e outros partidos, com Gelson Merísio candidato a governador, tendo João Paulo Kleiubing de vice. Com a negativa de Kleinubing, que recusou o convite de Merísio, as conversações não foram concluídas.
Na volta de Esperidião Amin de Chapecó novas conversas estão acontecendo neste fim de semana. A previsão de que sua definição ocorresse neste domingo não se confirmou. Há cogitações de que possa ocorrer na segunda ou terça-feira.
As pressões dos progressistas do oeste acabam fragilizando o projeto de Gelson Merísio, que tem base na região. Os progressistas querem Amin ao governo, sob a alegação de que Merísio não está bem nas pesquisas e teria dificuldades de empolgar o eleitorado catarinense.
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Outro fator que retarda a decisão de Amin é a posição do PSDB. Há muitos comentários sobre uma suposta articulação nacional do comando tucano, que envolveria a disputa de Amin ao governo, visando alavancar a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin.
O deputado Gelson Merísio já assinou o edital de convocação da Convenção Estadual do PSD para o dia 21 de julho na Assembleia Legislativa, decisão que não agradou a algumas lideranças progressistas.
DISCURSO
Ao começar seu discurso, Esperidião Amin disse que “Santa Catarina merece aquilo e aqueles que são melhores. Pessoalmente, eu não tenho o direito de negar a Santa Catarina o oferecimento do meu nome, da minha energia, daquilo que eu construí. Eu não fujo, eu não tenho medo.”.
Fez um pedido aos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, lideranças e simpatizantes no evento: “Permaneçamos unidos com coragem e com fé, porque quem pode fazer o melhor, não deve se esconder, e não tem o direito de se omitir, e não quero que Deus me reserve o destino de fugir da Santa Catarina no momento em que o meu Estado precisa”.
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ACORDO
O colunista Audrey Piccini, do Diário do Iguaçu, presente no encontro disse ter flagrado Amin em diversos diálogos com o presidente estadual do PP, deputado Silvio Dreveck.
Relatou: “Na leitura labial, foi possível entender: “eles não cumpriram o acordo” e “agora não tiro mais o pé”. A segunda afirmação veio depois de um discurso emocionado quando Amin chegou a embargar a voz. Fez questão de enfatizar que a pré-coligação do PP com o PSD tinha o compromisso de construir um projeto vencedor e não de focar em um único nome, em menção direta a Gelson Merisio e que pode ter relação com a frase dita a Dreveck de que o acordo não teria sido cumprido.”