Quatro entidades que representam os delegados de polícia, os policiais civis, os agentes penitenciários e os peritos criminais divulgaram “nota pública conjunta” com relato sobre as negociações com autoridades do governo estadual relativas ao projeto de Reforma da Previdência em tramitação na Assembleia Legislativa.
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Destacam avanços em vários pontos, mas posicionam-se com disposição de luta no Legislativo por mudanças no projeto do governo, elaborado pelo Iprev.
Outras entidades que reúnem agentes políticos do Estado também questionam o projeto da reforma, alegando que no Iprev o grupo de trabalho não teve autonomia para propor alterações.
Confira o teor da nota:
“Na manhã de hoje, a convite do governo do Estado, os representes das entidades AAPSS/SC, ADEPOL, SINPOL e SINPOSC e o Secretário de Administração Prisional, o Presidente do Colegiado e DGPC e o Perito Geral do IGP participaram de reunião no Centro Administrativo, com a presença dos Secretários de Estado da Casa Civil e da Fazenda e do Presidente do Iprev.
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A temática da reunião foi a discussão sobre os diferentes pontos que integravam a proposta das categorias em relação ao Projeto de Lei Complementar sobre a Reforma da Previdência Estadual enviado pelo Governo à Alesc no ano passado. A minuta com a proposta foi encaminhada ao Governo do Estado, na última segunda-feira, conforme compromisso firmado pelos representantes das entidades de classe em reunião anterior.
Entre as propostas discutidas, o governo consentiu com os seguintes itens: (a) a inclusão expressa das carreiras do IGP às regras de aposentadoria especial das carreiras de segurança pública; (b) o reconhecimento expresso do direito à pensão por morte de segurados falecidos em serviço (a proposta do governo previa somente o direito à pensão por morte decorrente de agressão); (c) o direito à integralidade e paridade daqueles que reuniram os requisitos da LC n. 51/85 até a entrada em vigor da futura LC estadual. Um dos pontos relevantes discutidos, que foi rejeitado pelo governo, diz respeito à possibilidade de contagem de tempo de contribuição dos policiais civis desaposentados.
O ponto mais controvertido da discussão diz respeito àqueles que terão direito à integralidade e paridade. Neste particular, o governo mostrou-se irredutível e posicionou-se em reconhecer esse direito exclusivamente àqueles que ingressaram no serviço público até o ano de 2003. As entidades se manifestaram no sentido de não abrir mão neste ponto, tendo em vista o significativo número de servidores admitidos após o ano de 2004.
Os representantes do Governo se comprometeram a encaminhar um documento que formalizasse as posições defendidas pelo Estado para análise das entidades.”
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