*Por Renato Igor, Interino
O presidente Michel Temer, em tom indignado, ontem, reclamou das cobranças de seu governo, que tem “apenas um ano e 11 meses”. Aqui no Estado, o governador Eduardo Pinho Moreira já fez palestra até num evento que convidava para conhecer o “novo governo de Santa Catarina”. Michel Temer está no governo desde 2011. Foi vice-presidente de Dilma Rousseff em dois mandatos. Em Santa Catarina, o PMDB é governo desde 2003.
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Incompetência e ações eleitoreiras
O Jornal do Almoço da NSC TV de ontem mostrou dois exemplos do péssimo uso do dinheiro público. O CREAS, em São Joaquim, está pronto desde 2016 mas mantém-se fechado e sem funcionar. Não há ligação de energia elétrica.
O Hospital de Biguaçu, que custou R$ 24 milhões e foi inaugurado com muita pompa há três anos, ajudou a eleger muita gente, mas nunca funcionou com mais de 50% de sua capacidade. É um posto de saúde com grife. Falta dinheiro para contratar médicos e enfermeiros. Construído em 2014 para substituir o São Lucas, em São José, e que à época era comparado a uma masmorra medieval, o CASE, é outro escândalo. Com 90 vagas, nunca teve nem a metade ocupada por falta de agentes socioeducativos que fizeram concurso e nunca foram chamados. Enquanto isso, cerca de 200 jovens infratores deveriam estar cumprindo medida socioeducativa com restrição de liberdade e estão soltos – muito provavelmente cometendo crimes.
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Ontem, em entrevista à CBN Diário, o coordenador do Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção à Corrupção da CGU em SC, Rodrigo de Bona, disse que a falta de planejamento e capacitação dos agentes públicos é mais nocivo ao país do que a corrupção. Faz sentido. Uma CPI para investigar porque obras entregues e prontas não atendem à população seria uma boa.
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