Pinho: “Não sei quem comanda hoje o PSD”

*Por Renato Ígor, interino

Em palestra na última terça-feira (20), na reunião do Lide na Fiesc, o governador Eduardo Pinho Moreira falou aquilo que as pessoas queriam ouvir: o discurso do enxugamento da máquina e que vai priorizar ações em Saúde e Segurança Pública.

A administração de Pinho tem ações práticas a apresentar: a redução dos cargos comissionados e a queda nos indicadores de criminalidade. O governo Colombo teve a marca dos piores indicadores de criminalidade na história de Santa Catarina. Os homicídios bateram recorde.

De janeiro até agora, na comparação com o ano passado, houve queda de assassinatos (-21%), latrocínios (-46,2%) e roubos (-30,9%). O viés de baixa recente ainda se deu com Colombo no governo e com a antiga cúpula de Segurança Pública. Mas foram fortalecidos no atual governo, com nova equipe na SSP.

Com números de criminalidade caindo e anúncios contínuos de redução do tamanho do Estado, não resta dúvida de que Eduardo Moreira constrói, naturalmente, sua candidatura. Nesta quinta-feira, em Joinville, Udo Döhler deve anunciar que não será candidato e continuará prefeito. Não tem apoio partidário, conforme nota nesta mesma coluna.

Com a máquina na mão, a tendência é de Pinho aparecer melhor nas pesquisas internas na comparação com o também pré-candidato do PMDB ao governo Mauro Mariani. E, na hora da verdade, vai quem tem a caneta, o partido na mão e mais chance de ganhar.

Nesta semana, nas conversas políticas, falou-se, e muito, que o cenário atual aponta para uma enfrentamento polarizado entre o governador Eduardo Pinho Moreira e o deputado federal Esperidião Amin. Tem muita coisa para acontecer, como o cenário nacional e prováveis respingos da Lava-Jato. O último delatado e com investigação autorizada é o senador Paulo Bauer, segundo colocado na última eleição. Como e onde estarão os tucanos na hora da definição é futurologia.

Questionado sobre a possibilidade de o PSD estar com o MDB, Pinho respondeu:

— O PSD já esteve mais perto, mais longe. É um ping-pong. O presidente do PSD não quer estar com o PMDB. Não faz muito tempo, Raimundo Colombo disse que gostaria de estar com a gente. Não sei quem está no comando do partido hoje.

Uso da máquina?

Confira o que diz a nota enviada por um assessor de imprensa comissionado da prefeitura da Capital:

“Condenada – A ex-prefeita Angela Amin (PP) recebeu uma má notícia nessa semana. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) a condenou por improbidade administrativa e a ressarcir os valores pagos por campanha publicitária realizada no ano 2000. A decisão também delega ao Tribunal de Justiça de SC a competência para outras punições à ex-prefeita. À época a prefeitura investiu na publicitária campanha do aniversário da cidade cerca de R$ 530 mil e a peça foi considerada promoção pessoal da ex-chefe do Executivo da Capital.”

Sem almoço grátis

O deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) apresentou na Assembleia Legislativa o projeto de lei 050/2018 que garante a isenção de cobrança da taxa de estacionamento em hospitais aos pacientes submetidos à sessão de radioterapia ou quimioterapia. De acordo com o projeto, a gratuidade será efetivada mediante apresentação de documentos emitidos pelos hospitais aos pacientes ou acompanhantes. A ideia é bonita. O estacionamento acaba ficando caro porque estes pacientes precisam de várias semanas de tratamento e algumas sessões duram até sete horas. Mas não há almoço grátis. O operador do estacionamento vai repassar o custo para os demais usuários, que pagarão a conta da diferença.

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