A escolha da deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha, do PDT, para ser líder do governo Carlos Moisés da Silva na Assembleia Legislativa (Alesc) rachou o partido e dividiu o plenário do parlamento. A aceitação do cargo será examinada na próxima terça-feira (18), em Florianópolis, durante reunião da Executiva Estadual.

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Os brizolistas reagiram contra a nova situação, alegando que Moisés foi eleito governador pelo PSL, identificado com o presidente Jair Bolsonaro e o partido integra o bloco de oposição.

Desde o ano passado, a deputada Paulinha mantém uma relação política muito próxima de Moisés. A ponto de surgirem especulações nos bastidores do legislativo de que estava investindo em futura candidatura de vice na chapa do atual governador, que já trabalha pelo projeto de reeleição.

No início deste ano foi uma das deputadas que mais defendeu o arquivamento do pedido de impeachment. E tem presença constante na Casa da Agronômica em reuniões do governador, com a base governista e para audiências especiais.

Prefeita de Bombinhas em dois mandatos, criou a polêmica Taxa de Preservação Ambiental, que recebeu um bombardeio na Assembleia do deputado Ivan Naatz, do PL, novo líder da oposição, que já bombardeou a escolha pelas redes sociais.

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Na semana que termina, a indicação do novo líder do governo era um dos temas mais comentados, especialmente depois da recusa do deputado Luiz Fernando Vampiro, do MDB, de aceitar o convite. Essa é a primeira vez na história da Alesc que uma mulher assume a liderança do governo.

Conforme a assessoria de imprensa da deputada, "ela só se manifestará após conversar com o presidente do PDT em SC, Manoel Dias, e com o Carlos Lupi, presidente Nacional".