O ex-deputado federal Marco Antônio Tebaldi assume neste sábado a presidência do Diretório Estadual do PSDB, sucedendo o deputado Marcos Luiz Vieira. Durante reunião prévia no Legislativo com Vieira e o ex-senador Dalirio Beber (foto), concedeu a seguinte entrevista.

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Quais são as prioridades no comando do PSDB?
Primeiro, dar continuidade ao trabalho que o deputado Marcos Vieira vinha fazendo, de reestruturação do partido. Vivemos um momento muito difícil. Temos que fazer um grande esforço para unificar o partido, garantir o crescimento e avançar nas eleições com mais prefeitos, vereadores. Tentar a volta de quem perdemos, como Napoleão Bernardes. Quem estiver descontente, que aguarde. Tem muita gente tentada pelos novos partidos, mas no segundo semestre a situação política vai ser outra.

Por quê?
Porque este tsunami da renovação vai mudar. Renovação não é só trocar pessoas. A renovação verdadeira se dá por atitudes, por exemplos e por ações. Isto é o que quero transmitir a todos do partido. No próximo dia 31 de maio teremos a convenção nacional e as coisas serão diferentes. Precisamos de grande reforma nacional do PSDB.

Os descontentes não temem que a renovação seja contaminada por Aécio Neves e outros da Lava-Jato?
Com certeza. E a depuração vai acontecer no dia 31, com a eleição do novo Diretório Nacional. Aí, sim, vamos ter que derrubar este muro que eles construíram. O partido tem que defender o eleitorado, assumir as bandeiras que deixamos para traz.

O senhor defende esta depuração?
Defendo, sim. O Aécio Neves é meu amigo, mas ele tem que entender que precisa se afastar do partido. Ou ele se afasta ou nós temos que tirá-lo. Ele tem é que cuidar da defesa dele. Se for inocentado, será bem recebido. Se for condenado, terá que cumprir a pena. Isto é o que nos diferencia do PT e outros partidos. Não defendemos quem desliza.

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Que reformas precisam ser feitas agora?
A reforma da Previdência. Depois a reforma política. O Brasil não funciona com 35 partidos. Em seguida, a reforma do Estado, que está inchado demais. Temos que enxugar o Congresso Nacional, as Assembleias e as Câmaras Municipais. No Judiciário, tem que mudar a forma de indicação de ministros, selecionados entre os que têm mais experiência.