A manutenção do coronel Carlos Alberto Araújo Gomes no Comando Geral da Polícia Militar do Estado representa um alívio para a população e um indicativo de atuação eficaz no combate à criminalidade. O delegado Paulo Koerich, no comando da Polícia Civil, também chega com credenciais de longa atuação na estrutura da segurança pública.
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A confirmação pelo governador eleito de uma nova experiência numa das área mais sensíveis da administração estadual, com o comando da segurança por meio de um colegiado, em rodízio, causa apreensão em setores especializados e experientes policiais civis, militares e delegados.
É um projeto inovador, que vai alterar justamente o setor do governo que melhor desempenho registrou na gestão do governador Eduardo Moreira. Todos os índices sobre criminalidade no Estado caíram este ano. E uma das conquistas foi a maior integração entre as polícias Militar e Civil. Esta sintonia verificada em operações especiais de grande sucesso estaria agora ameaçada pelo comando repartido.
Como o coronel Moisés da Silva (PSL) se isolou ou foi blindado desde a eleição, pouco se sabe de sua estratégia. Há quem diga que ele quer ser o secretário de Segurança efetivo. Isto significa que, sendo esta a opção, assumirá as rédeas do setor, o que também tem riscos. No Rio de Janeiro, o governador eleito Wilson Witzel (PSC) chegou a anunciar a extinção da Secretaria de Segurança e um sistema colegiado. Houve reação federal e críticas estaduais. Ele voltou atrás e escolheu o engenheiro civil Roberto Mota para ser o secretário.
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