A falta de informações dos próprios advogados sobre o conteúdo do inquérito que resultou na Operação Chabu restringiu as avaliações e comentários das principais autoridades e lideranças políticas sobre as consequências das prisões, particularmente do prefeito Gean Loureiro, e do ex-secretário da Casa Civil, Luciano Veloso Lima. Esta principal razão, também, da cautela adotada na área parlamentar.

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A operação provocou o fato político mais impactante do mês em Florianópolis e Santa Catarina, com repercussão nacional. Além da prisão do prefeito da cidade mais querida do Brasil, também a de um delegado federal que conduziu uma das operações mais consistentes de combate ao tráfico de drogas. 

A defesa de Gean Loureiro (sem partido) divulgou um resumo de seu depoimento, mencionando apenas que foi questionado sobre um fundo internacional de financiamento, que não chegou a ser concretizado. E de uma operação que teria vazado, com suposta participação do prefeito.

O fato é que as prisões foram autorizadas por um desembargador do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF4). Foram provocadas e coordenadas por investigações da Polícia Federal de Brasília. Pela lógica, há que se supor tratar-se de fatos gravíssimos envolvendo os detidos. 

A primeira e maior consequência já é conhecida. O projeto de reeleição do Gean Loureiro, que ganhava poderoso gás, está prejudicado.

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