Praticamente impossível neste momento fazer avaliações sobre os desdobramentos da Operação Alcatraz, desencadeada pela Polícia Federal e Receita Federal, a partir de investigações sobre sonegação fiscal em contratos da Secretaria da Administração e Epagri, dois órgãos do governo estadual. As principais acusações de lavagem de dinheiro e corrupção abrangem o período de 2009 a 2018, portanto, nos governos Luiz Henrique, Leonel Pavan e Raimundo Colombo.

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A PF não divulgou os nomes dos 11 investigados que tiveram decretadas prisões preventivas e temporárias. Nem daqueles que foram alvo de operações de busca e apreensão, exceção feita ao deputado Júlio Garcia, presidente da Assembleia Legislativa, visitado pelos agentes federais.

Politicamente, foi o fato de maior impacto, por envolver uma das principais lideranças políticas de SC, presidente de um Poder e de reconhecida habilidade e competência. Está na plataforma de lançamento como alternativa ao governo em 2022.

Na falta de informações oficiais se multiplicaram especulações sobre prisões de agentes públicos, ex-secretários e empresários.

Dado relevante: os auditores fiscais enfatizaram que a operação é prova sobre a importância de combater a “Emenda da Mordaça”, tentativa de deputados federais de retirarem prerrogativas e autonomia da Receita Federal. Se a mudança estivesse em vigor, a operação não existiria.

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