As incontáveis reuniões, telefonemas e conversas entre presidentes do MDB, PSD, PP e PSDB, e respectivos parlamentares, foram marcadas por jogadas, informações desencontradas, manobras políticas, relatos inverídicos e um inédito vaivém. Estas negociações envolveram Mauro Mariani, Eduardo Moreira e Dário Berger, pelo MDB; Gelson Merisio e Raimundo Colombo, pelo PSD; Esperidião Amin e Silvio Dreveck, pelo PP; Marcos Vieira, Paulo Bauer e Dalirio Beber, pelo PSDB.
Continua depois da publicidade
Os tucanos chegaram a avançar numa coligacão com o PSD e o PP, mas não chegaram a uma conclusão pelas posições do senador Paulo Bauer. Primeiramente, Bauer não admitia declinar da candidatura ao governo. E quando recebeu apelos do comando nacional do PSDB na Convenção de Brasília, aceitou a candidatura ao senado. A chapa proposta previa Napoleão Bernardes (PSDB) governador com Gelson Merisio (PSD), que naquela altura aceitava ser vice na grande aliança, mais Esperidião Amin (PP) e Raimundo Colombo (PSD) ao Senado. Progressistas e pessedistas alegavam que não havia espaço para Bauer concorrer à reeleição. Outros rifavam este projeto pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal.
Quando o PSDB percebeu que estava ficando isolado no processo, com as notícias de que Esperidião Amin abrira mão do governo para Gelson Merisio, dispondo-se a concorrer ao Senado, a única saída foi azeitar conversas com o MDB. Os dois partidos tinham canais abertos.
No sábado, após a convenção estadual do MDB, Mauro Mariani se encontrou por acaso na Lindacap com Marcos Vieira. Falaram do projeto comum e agendaram uma reunião, que acabou sendo decisiva. No domingo, no apartamento de Paulo Bauer, definido que Napoleão Bernardes aceitara ser vice, e garantidas às vagas ao Senado para Paulo Bauer e Jorginho Melo, o pacto foi oficializado.
Continua depois da publicidade
Curtas
* Presidente do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre recebeu a Medalha do Mérito Juridiciário no Rio de Janeiro pelo Sistema Eproc, que está sendo implantado na Justiça Estadual.
* Patriota selou aliança com o PMN, que terá ao Senado o ex-deputado Roberto Salum, com Ronaldo Daux e Ailson Barroso, de suplentes.
* A Associação dos Oficiais Militares de Santa Catarina (Acors) comemora nesta terça-feira (7) 19 anos de atuação recebendo convidados para encontro na Lindacap.
Leia outras publicações de Moacir Pereira
Veja também:
Candidatos à presidência: cardápio conhecido