O dia 25 de fevereiro está inserido com destaque no cenário político de Santa Catarina.  Se vivo fosse, Luiz Henrique da Silveira estaria completando 80 anos. Ele faleceu em Joinville no dia 10 de maio de 2015, vítima de infarto, depois de comemorar o Dia das Mães com a família.

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Luiz Henrique da Silveira foi o político que conquistou o maior número de mandatos em todo o período republicano em Santa Catarina. Bateu, também, muitas vezes, recordes em sufrágios populares. Das 13 eleições que disputou, perdeu apenas uma. Admirado e respeitado na política, até mesmo por seus críticos, com uma ampla visão estratégica de mundo, foi um intelectual generoso e humanista, amante da cultura, da democracia e do povo brasileiro. 

Por muitos foi considerado um visionário da política e da administração, com inovações inéditas no governo, incursões em várias missões internacionais para atrair investimentos, presença permanente de apoio ao setor produtivo, participação ativa em todos os principais eventos econômicos, comunitários, sociais e religiosos do Estado.

O livro que publiquei um ano após sua morte – “Luiz Henrique- Transformando Sonhos em Realidade” – relata os principais fatos que marcaram sua rica biografia. Formado em Direito pela Ufsc, mudou-se para Joinville onde exerceu a advogacia com sucesso. Entrou na vida pública pelas mãos de Pedro Ivo Campos, prefeito, deputado e governador catarinense.

Exerceu mandato de deputado estadual na década de setenta, mandatos de deputado federal, líder na Câmara Federal e presidente do Diretório Nacional do PMDB, ministro da Ciência e Tecnologia.

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Consolidou liderança no norte com dois mandatos de prefeito de Joinville, renunciando em 2002 para concorrer ao governo do Estado, num pleito que se prenunciava como de difícil vitória diante do favorito, o governador Esperidião Amin, do PP.

Venceu no segundo turno. Disputou a reeleição fora do cargo e bateu Amin pela segunda vez.  Renunciou para concorrer ao Senado e, na época, bateu recorde de votos para a Câmara Alta.

Na prefeitura de Joinville e no governo do Estado criou e manteve instituições culturais de repercussão internacional, com destaque para a única filial da Escola do Balé Bolshoi, de Moscou, em Joinville. A exemplar instituição está comemorando 20 anos em 2020. 

Sua memória está eternizada por várias homenagens em vários municípios de Santa Catarina, com nome de escolas, praças, vias públicas. Na Capital, o Centro de Eventos de Canasvieiras leva seu nome.    

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