Consideradas por várias entidades equivocadas e absurdas, as decisões da juíza Ana Luisa Ramos, soltando um criminoso flagrado com um fuzil AR-17 em sua residência transformada em esconderijo de uma facção criminosa, só não tiveram maiores consequências pelas prontas intervenções do Tribunal de Justiça e da Secretaria de Segurança Pública.

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Foram múltiplos os contatos, na noite de sábado e madrugada de domingo, entre o presidente do Tribunal, desembargador Rodrigo Collaço, e o secretário de Segurança, coronel Araújo Gomes, comandante da Polícia Militar (PM), com participação do Ministério Público. 

Essas ações, tomadas rigorosamente dentro da lei, para restabelecimento da ordem e do superior interesse público, tiveram pronta resposta, com a revogação da inexplicável decisão pela desembargadora Bettina Maresch de Moura.

As notas do comandante da PM, coronel Araújo Gomes, e do Tribunal de Justiça tiveram um conteúdo convergente. Na medida certa, revelaram para a sociedade catarinense que se tratou de um episódio isolado, que sequer arranha as produtivas e inéditas parcerias entre o Judiciário e a Polícia Militar por melhorias na segurança pública.

A revogação da decisão – liberdade a um criminoso com arma de guerra e notificação ao comando da PM pela presença do preso sem camisa na audiência de custódia – e as intervenções das principais autoridades evitaram novas manifestações de condenação do fato, além das contundentes notas de repúdio expedidas no domingo.

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Há outras consequências, como oxigenação e incentivos aos policiais militares, envolvidos em operações arriscadas em defesa da sociedade e da ordem pública. Prevalecendo a decisão da juíza, soldados e oficiais perderiam toda motivação para combater a criminalidade quando suas vidas estivessem sob ameaça. Agora, eles estão mais valorizados.