O empresário Rui Altenburg recebe nesta sexta-feira (24), às 10h30, na Fiesc, a Medalha do Mérito Industrial da CNI. Com 50 anos de atividade, preside há anos o grupo industrial criado por sua avó, Johanna Altenburg, em 1922, com a fabricação artesanal de acolchoados.
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Começou como estagiário há 49 anos. Consolidou a marca, abriu uma fábrica no Paraguai e conta com 9 mil pontos de vendas e 1,7 mil empregados. O grupo tem sede em Blumenau.
Que avaliações o senhor faz da atual conjuntura nacional?
Integramos a forte corrente daqueles que querem o bem do Brasil. Precisamos mudar a forma de governar, de negociar a política. O "toma lá, dá cá" não serve mais ao país. O novo governo está focado em resolver graves questões pendentes, antes desviadas pelos que governavam o Brasil, desestruturando a sociedade e os empreendedores. Só criavam dificuldades para desestimular qualquer empreendedor. Tenho muitas esperanças de que o governo Bolsonaro implemente as mudanças que prometeu.
O que tira o seu sono e do empresário catarinense?
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O que nos tira o sono são as incertezas. Não temos segurança a médio e longo prazo do que vai acontecer e quais são as obrigações que teremos. Também, a instabilidade do dólar, que não permite a compra de novos equipamentos, atualizações tecnológicas, vitais para competitividade. Temos a insegurança jurídica, a insegurança tributária. Toda hora criam novas taxas e tributos. Você não sabe o que vai pagar.
Está mais fácil produzir no Paraguai do que no Brasil?
Com certeza, sim! Existe muito menos burocracia e mais objetividade na condução dos negócios, tanto por parte dos técnicos como do governo. Isto estimula a investir no Paraguai.
Como o senhor recebeu a noticia da Medalha do Mérito?
Para mim, uma grata surpresa e uma grande felicidade. Representa o reconhecimento pela dedicação à Altenburg e entidades de classe. É, sem dúvida, uma grande distinção.