O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, está retornando da Fenatran 2019-Feira Nacional de Transportes Rodoviários e Cargas, realizada em São Paulo. Traz um clima de otimismo dos empresários do setor e com eles concorda: “O mercado está aquecendo”.

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— Há dois anos, na última edição da Fenatran, tínhamos receio no andamento dos negócios- prosseguiu. Hoje, no entanto, vemos que a realidade mudou para melhor e o setor tende a deslanchar.

O crescimento econômico, no entanto, tem sido lento no Brasil, com os economistas agora esperando um crescimento inferior a 1% em 2019, uma previsão que passou por várias revisões para baixo desde o início do ano. Ainda assim, apesar de toda a retórica, as quatro maiores fabricantes de caminhões do Brasil não anunciaram novos investimentos no país.

Por outro lado, Rabaiolli considera o crescimento prudente, tendo em vista que o setor poderia não suportar as altas demandas caso superasse a margem de 2% de crescimento. “Faltariam caminhões e haveria o temido apagão logístico”, relembrou.

As vendas e a produção de caminhões desafiaram as tendências econômicas mais amplas, e a Anfavea revisou este mês suas previsões de crescimento para cima. A expectativa agora é de que as vendas domésticas de caminhões no Brasil cresçam 35%, enquanto a produção crescerá 8%, impactada por uma crise na Argentina, a segunda maior consumidora de caminhões brasileiros.

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O Brasil tem a maior indústria automobilística da América do Sul e é uma base particularmente importante para as fabricantes de caminhões. As vendas de caminhões do Brasil atingiram 137 mil veículos em 2014 e caíram quase pela metade no ano seguinte, de acordo com dados da indústria. Elas cresceram significativamente desde então e vão alcançar 100 mil veículos pela primeira vez desde a crise daquele ano, mas ainda não se recuperaram a seus níveis atingidos pré-recessão.

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