O filme é imperdível! Uma lição de politica, de liderança, de espírito público e, sobretudo, de Democracia. O ator principal, Gary Oldmann, tem tudo para conquistar o Oscar de 2018. Ele não interpreta o primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Ele vive intensamente o personagem. O roteiro consegue o milagre de expor os horrores das guerras, sem uma única cena de batalha. O cenário, irretocável, resgata as imagens de Londres de 77 anos atrás.
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O título em português “O destino de uma nação” soa mais real e autêntico do que o inglês original “Darkest Hour”(Hora mais escura). Afinal, os aliados só conseguiram derrotar o totalitarismo nazista de um sanguinário enlouquecido graças à ação determinada do grande líder, Winston Churchill, o personagem central.
O filme de Joe Wright tem ritmo, tomadas surpreendentes, sequências dinâmicas e a valorização do discurso politico. Tem tudo a ver com a atual conjuntura brasileira e este histórico dia 24 de janeiro, pelo julgamento de Lula.
Três personagens foram decisivos nas ações vitoriosas do imprevisível Churchill: os conselhos de sua mulher Clementine, o apoio do rei George VI e a adesão do deputado Neville Chamberlain, primeiro-ministro que antecedeu Churchill e que fazia oposição.
No período mais crucial da II Guerra Mundial, com 300 mil soldados ingleses cercados pelo terror dos nazistas, todos se uniram, do Gabinete de Guerra aos líderes de oposição, com adesão imediata da população. Foram os talentos de Churchill, em memorável e histórico discurso no Parlamento, e o espírito público dos opositores que garantiram a sobrevivência das democracias e do mundo livre.
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Impossível comparar a tradição britânica, sua cultura e nível de educação com o quadro brasileiro. Mas o que falta aos políticos brasileiros é espírito público, é não admitirem os erros e crimes que praticam, é o esforço inútil de manipulação. O Brasil é carente de estadistas.
A expectativa dos brasileiros que estudam, que trabalham, que lutam pelo mérito e pela verdade é que hoje prevaleça a Justiça. E que as instituições saiam fortalecidas e oxigenadas.
O que se decide hoje é o futuro da nação.
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