O publicitário Fábio Veiga, da Neovox, de Florianópolis, está coordenando o marketing do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que poderá ser candidato do PSD à Presidência da República. Depois de dirigir e editar o programa do PSD na TV e no rádio, Veiga idealizou fôlderes vinculando Meirelles aos excelentes números da economia este ano. Profissional catarinense de sucesso, trabalhou nas eleições de Dário Berger (três vezes), Raimundo Colombo (duas vezes) e Cesar Souza Júnior, além de Mário Cóvas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB, ao governo de São Paulo, e duas eleições no Paraguai.
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Que perspectivas o senhor identifica na campanha do ministro em 2018?
É cedo para falar em campanha presidencial. O ministro Meirelles só definirá sobre possível candidatura em fins de março. Ele está esperando para ver o cenário mais claro no novo ano. Todos aguardamos para ver como os fatos se desenrolarão. Ninguém sabe se as candidaturas de Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles vão se consolidar ou não. As perspectivas são muito boas.
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A candidatura de Meirelles passa pela reforma da Previdência?
Acho que há uma ligação, mas ele não decidiu. Só falará sobre o assunto em abril.
Conversando com o ministro, que nova imagem destacaria?
O ministro Henrique Meirelles, com todo conhecimento e experiência acumulados durante décadas na iniciativa privada e nos serviço público, como o presidente do Banco Central mais longevo da história do Brasil, é um luxo na vida pública nacional. É um homem público resolvido do ponto de vista pessoal. Poderia estar brilhando em grandes organizações e está aí, com espírito público, servindo ao Brasil, dando sua contribuição. Além de ser preparadíssimo, ele tem espírito público.
O que poderá influir na decisão dele de ser candidato?
Testemunho o extremo cuidado que ele toma em relação ao assunto. Ele é ministro da Fazenda. Tem plena consciência da grande responsabilidade com qualquer declaração que faça e sua repercussão na economia do pais. Ele não abre mão dessa responsabilidade e por isso é tão reticente em falar sobre qualquer tratativa de candidatura. Ele está certíssimo nisso.
Este quadro de candidatos que está aí mudará totalmente?
Não tenho dúvida nenhuma. O quadro vai se alterar profundamente até as eleições. Há candidatos hoje na frente, são lembrados, mas todos com grande potencial de rejeição, como o Lula e Bolsonaro, que têm limites de crescimento.
O senhor acredita num “outsider”, num salvador da Pátria?
Creio que 2018 teremos definido se o protagonista será a mensagem ou o mensageiro. Pelo que tenho analisado, o brasileiro está à espera de um mensageiro melhor. Não está confortável com os nomes apresentados. Caso do Luciano Huck. Por que todo este frisson? Ninguém conhece as ideias dele sobre economia, segurança, educação. No entanto, a simples menção ao nome dele causou uma grande repercussão, como se ele fosse o novo mensageiro. Precisamos prestar mais atenção na mensagem.
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