Empresas de prestação de serviços de limpeza, vigilância e segurança, com sede em Florianópolis, registraram ao longo do ano que se encerra um problema singular. Embora o desemprego esteja alto no Brasil, há muitas vagas disponíveis na Capital.
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A questão é simples: os candidatos querem empregos com pouco esforço e melhor remuneração. Contam-se nos dedos os que aceitam posições mais humildes e salários menores, na perspectiva da carreira dentro da organização.
Uma importante rede de supermercados inaugurou mais uma filial em Florianópolis em dezembro. Não conseguiu preencher todas as vagas e conta hoje com vários empregados vindos do Nordeste e até do Haiti. O cenário tem uma explicação: há desempregados que não desejam trabalho. Eles querem emprego público.
Esta crítica realidade encontra explicação na legislação, nos privilégios e nos estímulos incontáveis dados ao funcionalismo público. Agora mesmo, na véspera do Ano Novo, o governo federal anunciou a relação dos feriados e pontos facultativos de 2019. São 16 no total, fora os estaduais e os municipais. Isso quando as repartições públicas não emendam os tais pontos facultativos – no geral, servidores públicos têm salários melhores do que os da iniciativa privada.
Um levantamento recente revelou que 2018 termina com os chocantes dados. Dos 365 dias, 51 foram sábados, 52 domingos e 11 feriados, o que resulta em 251 dias úteis. Tirando as férias de 30 dias, sobram 221 dias de efetivo trabalho e 144 em casa. Isto, sem contar Copa do Mundo, feriadão de São João e outras festas. Resultado: 7, 36 meses trabalhando e 4,64 meses de folga.
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Agora na semana do Natal, milhares empresários, pequenos, médios e grandes, pagaram a segunda parcela do 13o, a antecipação das férias, o salário de dezembro e todos os impostos. Se atrasar, vem chumbo grosso.
Ao invés de incentivos é pancada na moleira.
Muda Brasil!