Por que seu protesto na reunião do Fórum Parlamentar Catarinense pela situação da região Oeste?
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Porque tenho vergonha de representar o Oeste catarinense em função da falta de estrutura. O abandono do Oeste é uma vergonha nacional. Tem que interditar a BR-163, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira. Não dá mais para trafegar. E o lote dois da BR-282, Chapecó-São Miguel do Oeste, ficou um ano e meio sendo julgado em Porto Alegre. Só agora é que saiu a decisão. Está uma calamidade. Estão prometendo as máquinas para esta segunda-feira. O consórcio tem só R$ 15 milhões. O DNIT cortou R$ 40 milhões do orçamento. O Oeste é a região que sustenta o Estado com produção de suínos, aves e leite. E estamos abandonados no Oeste há 20 anos. Nas BRs é acidente todo dia.
Qual a explicação por este abandono do governo federal?
Eu cheguei a pensar em chutar o balde, deixando de concorrer à reeleição este ano. O problema é que, às vezes, desistir é pior. A situação de desespero que vivemos levou-me à reeleição. O fato é que o DNIT não destina os recursos que o Extremo-Oeste precisa e merece. Nos últimos 15 a 20 anos, praticamente nada foi investido em infraestrutura no Extremo-Oeste. Nem rodovias, nem aeroporto e muito menos ferrovias. Nada.
Por que o senhor criticou também embargos do Ibama na Coxilha Rica?
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O Ibama embargou todos os proprietários da Coxilha Rica, com mais de 50 hectares, porque não poderiam plantar sem anuência do Instituto. Ali são grandes produtores que plantam soja, todos notificados e embargados. Fui com a deputada Carmen Zanotto (PPS) no Ibama e conseguimos ampliação do prazo para apresentação da documentação. Vamos ver o que o IMA vai decidir sobre o embargo. A decisão do Ibama está trazendo grandes prejuízos aos produtores, atingindo Lages e Capão Alto. O Ibama considera campos de altitude área de preservação.