A saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL e a decisão de fundar uma nova sigla, o Aliança pelo Brasil, já provoca fatos políticos na representação parlamentar de Santa Catarina.

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Três dos quatro deputados federais do PSL já se incorporaram ao novo projeto presidencial.  Daniel Freitas, Caroline de Toni e coronel Armando participaram do encontro ontem com o presidente Bolsonaro, em Brasilia. Já confirmaram presença na Convenção nacional marcada para o dia 21 de novembro. 

O deputado federal Fabio Schiochet, presidente do Diretório Estadual e vinculado ao governador Moisés da Silva, fica solitário na bancada federal do partido.

Na representação estadual a situação é semelhante. Dos seis deputados estaduais, quatro já divergiam do governador, destituíram o deputado Ricardo Alba da liderança na Assembleia Legislativa e assumiram posição independente a favor de Bolsonaro. São eles: o novo líder deputado Sargento Lima, Jessé Lopes, Felipe Estevão e Ana Campagnolo.   

E ontem veio a novidade: o deputado coronel Mocelin estaria alinhado ao grupo de Bolsonaro, com disposição de fundar o Aliança pelo Brasil em Santa Catarina. A informação foi dada por sua assessoria.

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Se tal acontecer, o grupo do governador ficará isolado com apenas um deputado, Ricardo Alba, que fica no PSL.

O cronograma do novo partido prevê a convenção de fundação na próxima semana e sua oficialização no TSE em março de 2020.

O deputado Daniel Freitas, que trouxe o líder Eduardo Bolsonaro no fim da semana passada a Santa Catarina, pediu cautela dos atuais deputados filiados ao PSL, para evitar que sejam alvo de ações na Justiça Eleitoral.

E anunciou novidades em relação a nova legenda:  começará sem fundo partidário e eleitoral, terá prestações de contas online e uma diretriz básica: admitir filiados identificados com o liberalismo econômico.

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Esta nova composição que se anuncia isola o governador Moisés dentro do PSL, já tem reflexos na base governista na Assembleia Legislativa e altera a correlação de forças para as eleições municipais de 2020.

O atual líder do PSL, deputado Sargento Lima, voltou a reiterar que seguirá o presidente Jair Bolsonaro na criação do novo partido, quando acontecer:

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