O prefeito Gean Loureiro (PMDB) foi eleito pela maioria do eleitorado da Capital. Procura cumprir promessas de campanha, abrindo a UPA do Continente e várias creches para atender a população de baixa renda. Um sindicalismo jurássico, que diz defender os trabalhadores, reagiu com greve inoportuna, ilegítima e declarada ilegal pela Justiça. E três mil grevistas há 30 dias desafiam o prefeito de 111.943 votos.

Continua depois da publicidade

São 30 dias de prejuízos irrecuperáveis para as crianças nas escolas, os pacientes na saúde, os serviços públicos e toda a economia.

 

Leia também: Considerações sobre a greve em Florianópolis

 

Continua depois da publicidade

O Tribunal de Justiça determinou que os grevistas garantissem 100% dos centros de saúde e das escolas municipais. Os grevistas afrontaram a Justiça dia após dia, em ostensivo ato de desobediência. Quebraram vidro da Câmara de Vereadores, botaram fogo numa viatura da Guarda Municipal, enfrentaram a Polícia Militar com violência, fecharam o trânsito no centro, bloquearam o Terminal Urbano, causando o maior caos.

O desembargador Hélio do Valle Pereira fixou multa diária de R$ 100 mil pelo descumprimento de sua decisão. Foi olimpicamente ignorado. Mais grave: o Sintrasem realizou todas as assembleias na frente do Tribunal de Justiça, com ofensas ao Judiciário.

O magistrado marcou audiência de conciliação e fechou um acordo, reduzindo a multa de R$ 2,7 milhões para apenas R$ 40 mil. Os grevistas teriam desconto de apenas três dias pelos 30 parados. Ainda assim, a greve continua.

Não há opção. Cumpra-se a Lei, respeite-se a Justiça, restabeleça-se a autoridade. Ou, então, estamos no limiar da anarquia.

Continua depois da publicidade

 

Leia outras publicações de Moacir Pereira